Ilustres

ALVIM, Beatriz Pereira

Nasceu em Reboreda (concelho de Montalegre), ou em Pedraça (Cabeceiras de Basto), na altura chamadas Terras de Barroso. Foi a única filha que vingou dos três que houve do casamento de D. Nuno Álvares Pereira com D. Leonor Alvim. Casou em 1401 com D. Afonso, filho bastardo de D. João 1. Foi esse casamento que ditou a Casa de Bragança. Cumpriu-se o grande sonho de Nuno Álvares Pereira que sempre desejou fundar uma grande Instituição que fosse alternativa à Coroa, em caso de crise da monarquia. Como ele tinha uma grande fortuna, ganha nas muitas e decisivas lutas, ao lado do Mestre de Aviz que viria a ser D. João I, achou bem que sua única filha se casasse com o filho bastardo de D. João I. Duas fortunas conjugadas numa grande e respeitada Instituição que viria a dar o primeiro passo com o casamento de ambos. Fixaram-se em Chaves e aí nasceram três filhos, entre 1401 e 1414, data em que Beatriz Alvim, mais conhecida por Brites, faleceu de parto. Com esse enlace juntaram-se os dotes de Neiva, Darque, Aguiar, Paralhal, Faria, Rates e Vermoim e todos os bens confiscados ao conde de Barcelos. Por seu turno D. Nuno Álvares Pereira que era, ao tempo, o 7.° conde de Barcelos, concedeu o título de 8.° conde de Barcelos ao genro e como dote de casamento a Beatriz Alvim, entregou-lhe as Terras de Chaves, Montalegre, Barroso, Saltar, Paços de Ferreira e Bustelo, com os seus coutos e honrarias. O enlace realizou-se em 8 de Novembro de 1401, partindo os noivos para os seus domínios do Norte. Esses domínios eram o ducado da Casa de Bragança que chegou até nós, como instituição política. Dela sairia, em 1640, o Rei de Portugal, para não mais se desligar, até 1910.

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