CIRURGIÃO, António Amaro

Nascido na freguesia de Soutelinho da Raia, concelho de Chaves, fez estudos em seminários salesianos, frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e exerceu o magistério em escolas salesianas. Em 1962 foi para os Estados Unidos, como estudante de Direito. Tendo optado pelas Letras, faz o M.A. em Francês, em Assumption College, Massachusetts, e o Ph. D. em Espanhol e Português, na Universidade de Wisconsin, sob a direcção de Lloyd Rasten e Jorge de Sena. Depois de ter ensinado Espanhol, Francês e Latim em Ransas State University e na Universidade de Nevada, foi contratado em 1969 pela Universidade de Connecticut, em Storrs, e aí ensina Espanhol e Português. Recebeu o contrato vitalício em 1973, e foi promovido a professor catedrático em 1980. Em 1983 e 1987, ensinou na Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, na qualidade de Professor Visitante. Em 1981 foi agraciado pelo Presidente da República Portuguesa com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique. Além de colaboração dispersa por revistas e dicionários de literatura e história americanos, brasileiros e portugueses, publicou: Fernão Alvares do Oriente: O Homem e a Obra, Paris: Gulbenkian, 1976; O “olhar esfíngico” da Mensagem, de Fernando Pessoa, Lisboa: ICALP, 1990; A Sextina em Portugal nos Séculos XVI e XVII, Lisboa: ICALP, 1992; e editou: O Cancioneiro de D. Cecília de Portugal, Lisboa: Ocidente, 1972; Fernão Alvares do Oriente, Lusitânia Transformada, Lisboa: IN-CM, 1985; Duarte Dias, Várias Obras em Língua Portuguesa e Castelhana, Paris, Gulbenkian 1991; Manuel Quintano de Vasconcelos, A paciência constante – discursos poéticos em estilo pastoril, Lisboa, IN-CM, 1994; João Nunes Freire, Os Campos Elísios, Lisboa: IBNL, 1996. Tem no prelo três obras: Leituras alegóricas de Camões, Novas leituras de clássicos portugueses e de Eça a Jorge de Sena.