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AFONSO, Artur Maria

Nasceu na Portela, da Vila de Montalegre, em 17 de Março de 1882, sendo o mais velho de sete irmãos. Por falta de meios de subsistência, foi confiado aos cuidados de um tio (António de Carvalho), professor do ensino primário em Santo André. Para fazer o exame da quarta classe teve que des-locar-se a Braga. Mas obteve distinção. E isso entusiasmou-o para singrar na vida. Éque além de aspirante de Finanças na vila onde nascera, acumulava com o ensino em Cambezes do Rio (que dista a 5 km). Diariamente percorria 10 km, para poder preparar os alunos, já que o emprego principal era o das Finanças. Com 23 anos foi transferido para a Repartição de Finanças de Chaves, onde viria a casar com Palmira Rodrigues (de Sapelos, concelho de Boticas), de quem teria três filhos, um dos quais o arquitecto Nadir Afonso (mais conhecido por pintor). Faleceu em 2 de Julho de 1961, na sua casa da Rua da Cadeia, em Chaves. Aos 18 anos, entre as aulas e o trabalho da Repartição de Finanças, fundou e dirigiu o Jornal O Barrosão, quinzenário republicano, literário e noticioso. Sairam apenas 19 números desse primeiro jornal. Já em Chaves, com o pseudónimo de Rosmaninho e também Pirilampo, colaborou em vários outros jornais do tempo: Intransigente, Aquae Flaviae e Comércio de Chaves. Apesar dos muitos afazeres ainda teve tempo para se dedicar à caça e à pesca desportivas e também à indústria mineira. Por conta própria explorou as minas do Couto de Ervededo, de parceria com o Dr. António Granjo. Exclusivamente a ele pertenciam as explorações mineiras de S. Julião, de Atilhó, Rebordelo, Vila Verde da Raia e Pereira de Selão. Artur Maria Afonso, já consagrado na toponímia de Montalegre, Boticas e Chaves, foi, acima de tudo, um poeta. Possivelmente o maior poeta Barrosão de todos os tempos. Deixou vários livros: Boninas de Chaves, (1942) e Alvoradas, (1909). A título póstumo o filho Lereno promoveu a publicação de mais dois: Orações ao Vento (1982) e Auras Perfumadas, sendo sua intenção publicar um último livro, já organizado, a demonstrar que foi riquíssimo o espólio poético de Artur Maria Afonso. Também a Câmara de Montalegre editou, em 1987, o Caderno Cultural n.° 8, sobre a Vida e Obra de Artur Maria Afonso, reunindo um trabalho premiado nos Jogos Florais (II) e toda a poesia que ele escreveu sobre Barroso, entre 1937 e 1957. A Câmara de Chaves teria uma atitude semelhante (1993), editando um interessante opúsculo e recolhendo a poesia dedicada a Chaves e ilustrada com vários trabalhos pictóricos (a cores) do filho Nadir Afonso. A esse opúsculo chamou ” A Terra dos meus amores”.

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