Concelhos

Vila Pouca de Aguiar

Localização

Quem sobe a estrada n.°2 na direcção de Vila Real Chaves, ao dobrar a lomba do Covêlo nos limites do concelho de Vila Real, depara com um enorme desfiladeiro que se prolonga até aos limites do vale de Sabroso, termo das . Terras de Aguiar. Abrange três vales : o de Vila Pouca, Pedras Salgadas e Sabroso, que, noutros tempos, eram o sustento das populações que aí habitavam. Servem lhe de contrafortes a Poente, a Serra do Aivão, e o Monte dos Fojos e, a Nascente, as Serras da Falperra e Padreia. As primeiras, espreguiçam se para os lados de Ribeira de Pena, formando o extenso e fértil planaito do Aivão; as segundas, estendem os seus braços para o Vale da Padreia e Jales, onde, outrora, saía o ouro puro das suas entranhas. É o concelho de Vila Pouca de Aguiar com cerca de 430Km2, 14.382 habitantes e Mapa do Concelho 5374 famílias, a uma altitude que varia entre 800 e 1200 metros, sendo o ponto mais alto o do Minheu. Terra fria no inverno e tórrida no verão, onde nos extensos montes valdios cresce a urze e a carqueja, o tojo e o carvalho, vegetação própria das Terras altas e frias. Terra linda! Só quem cheirou e acariciou a carqueja e o mato em flor na primavera; só quem afagou os tojos para os transportar para as cortes dos animais; só quem viu nascer o sol nestes montes e ouviu a sinfonia matinal do passaredo ou ao escurecer apreciou a orquestra afinada dos grilos e o coaxar das rãs, sabe apreciar esta terra maravilhosa, ainda hoje um paraíso, no meio da pân tano do mundo poluído das cidades. Das suas montanhas, brota água cristalina das fontes, que vai dar origem a pequenos riachos, onde pula a truta salmonada e os escalos, que são o encantamento dos pescadores e a delícia dos comensais dos banquetes de gala. Nos mon tes voam ainda a perdiz, a rola e a codorniz, que vão sendo cada vez mais raras. Compõe se de 16 paróquias e 17 freguesias civis. A sua gente, mormente a dos dois planaltos, é simples, de olhar límpido e transparentes ciosos da sua honra, tornando se por vezes intransigentes e agressivos na sua defesa. Gente de fé profunda expressa nos nichos e alminhas, capelas e igrejas bem zeladas, não só para “inglês ver”, mas bem recheadas em todas as práticas religiosas. Esta crença, embora noutros moldes, vem lhes das suas origens. Aqui se encontraram, antas, mamôas, menires e outros monumentos de culto. Épor isso, que grandes arqueólogos, classificam o concelho de Vila Pouca de Aguiar como o “santuário dolménico” mais importante da Península Ibérica.

Origem toponímica e histórica

Quanto à origem do nome Vila pouca de Aguiar muito se tem escrito, mas, mais hipótese menos hipótese, a certeza permanece obscura, no segredo dos arquivos poeirentos dos arcanhos da história. O que se sabe, com certeza, é que das paróquias das Terras de Aguiar na Idade Média, séc. XII XIII, constava a paróquia de S Salvador do Jugal, hoje paróquia do Divino Saltador de Vila Pouca de Aguiar. Por ser terra fértil e proporcionar um corredor estratégico entre as cidades de Chaves e Vila Real, logo se tornou sede de Concelho com o nome de Aguiar da Pena, assim designada no foral de D. Manuel, outorgado a 22 6 1515, substituído pelo 2° foral de 6 8 1516. cujo original se encontra na Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, traduzido pelo então Presidente Dr. Antónto Gil em 1993. Embora nos referidos forais se lhe dê o nome de Aguiar da Pena como Concelho, não consta que o mesmo nome fosse atribuído à sede do mesmo, que, desde tempos incógnitos, mantém o nome de Vila Pouca de Aguiar. Nunca existiu, segundo o estudioso P.e Carvalho (Enciclopédia Portuguesa Brasileira), qualquer lugar com o nome de Aguiar da Pena. Diz o referido estudioso: “Jamais existiu qualquer povoação com este nome; esta designação era puramente a do Concelho”. Então como apareceu o nome de Aguiar da Pena? Explica o mesmo autor que, a sede do Concelho. se chamava Vila Pouca de Aguiar. Vila por ter origem duma antiga “Villa” romana ou seja. uma quinta de gente abastada; Pouca vem da palavra “pauca” do latim que significa pouca, parca, pequena; Aguiar por ser lugar rochoso e inóspito, povoado de muitas águias, “aquila” em latim, que deu aguila em espanhol, e, águia em português. Sucede que, moravam nestas Terras de Aguiar uns nobres e chibantes cavaleiros, que se sentiram rebaixados na sua prosápia, pelo nome apoucado da terra, e, para desconto de tal humilhação, lhe chamaram. artificialmente, Aguiar da Pena ou da Penha. Aguiar por ser ninho de águias poderosas e altivas, símbolo da sua prosápia e da Pena ou Penha (pedra) por referência ao Castelo de Aguiar, implantado sobre uma grande rocha, ou, talvez, por referência à “Penha Aguda” que ainda hoje se conserva no monte do Facho, a dois passos da Vila, dois penedos esguios e toscos, que lembram duas mãos levantadas, louvando o Criador. Sobre a origem do actual topónimo Vila Pouca há outras opiniões. Assim, o Abade de Miragaia (Enciclopédia Portuguesa e Brasileira) diz que o nome “Pouca” “de modo nenhum minimiza a terra ou as suas gentes, antes, pelo contrário, as eleva e exalta”. Quer com isto afirmar (embora periclitantemente) que, Vila Pouca foi a célebre cidade romana “Cauca”, que se sabe ter existido na Península Hispânica, onde teria nascido o imperador Teodósio I o Grande, que reinou pelos anos 392 da nossa era. Deste modo, teríamos o célebre imperador quase português e. o que é mais extraordinário, é que, seria o mais importante cidadão aguiarense “w, ant Ia lettre”. Por tal facto, a Câmara de Vila Pouca deu a uma rua o nome do imperador Teodósio I. Ninguém contesta a localização da cidade “Cauca” nas Espanhas. Há porém outras opiniões que contradizem, com evidência, a do Abade de Miragaia. Os espanhóis pretendem que foi a cidade de Itálica, perto de Sevilha; outros, pretendem que deu origem à Vila de Coura entre Braga e Valença do Minho, que primeiro se chamaria “Cauca”, depois Couca e finalmente Coura. Mas, quem ler o Agiológio lusitano (séc. XVIII) diz o Abade de Miragaia. cuja ideia é perfilhada pelo ilustre escritor aguiarense Sousa Costa, forçosamente se há de inclinar a acreditar que a dita cidade existiu entre as cidades de Chaves e Vila Real de Trás os Montes”, sobre Cidadelha de Aguiar, com foral de D. Sancho I de 1224. aldeia hoje pertencente à freguesia de Vila Pouca de Aguiar. O que o ilustre arqueólogo se esqueceu de referir é que, qualquer outra das “Vilas Poucas” espalhadas pelo nosso país tem o direito de ter a mesma origem. A grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, e citando o já referido P.e Carvalho, não é da mesma opinião, classificando a opinião do Abade de Miragaia de absurda, quer sobre o ponto de vista histórico, por dela se não fazer referência aquando dos forais das terras limítrofes de S. Salvador do Jugal (Condado, Calvas, Guilhado e Nuzedo), quer sobre o ponto de vista das semelhanças sónicas e gráficas afirmando: “Pouca, nada tem a ver com “Cauca” e isso prova o sem qualquer dúvida, a fonética, por ser impossível tal fenómeno Cauca dar Pouca e, até por ser inexplicável e incompreensível a ligação ao substantivo Vila”. O Dr. Leite de Vasconcelos, escritor competentíssimo na matéria, reconhecendo sem qualquer margem de dúvida que a romanização das Terras de Aguiar é tão evidente que seria absurdo negá lo, (a atestá lo com evidência estão os topónimos da região, as moedas e outros utensílios em uso na época romana, bem como as minas auríferas de Três minas), afirma, sem margem de dúvida, que a origem de “Pouca” vem do adjectivo latino “pauca”. Talvez que um argumento forte seja o facto de os romanos classificarem as cidades de grandes, pequenas e médias. Desta feita, teríamos a grande cidade de “Aquae Flaviae” (Chaves); a cidade média, Vila Meã pequeno burgo junto das Pedras Salgadas e, a cidade pequena, Vila Pouca de Aguiar. Enquanto a questão se não clarifica melhor, deixemos, por grata conveniência, circular a opinião do nosso “amigo” Abade de Miragaia, acolhendo o grande imperador Teodósio I como português e aguiarense, cujo nome está estampado na antiga estrada do Minho. Teve V. P de Aguiar um Barão, Pedro António Machado Pinto de Sousa que nasceu a 30 17 1772 e morreu a 13 5 1831, algures em Trás os Montes. Por decreto de 1 10 1835, foi agraciado pela Rainha D. Maria II com o título de Barão de V. P de Aguiar, pelos bons serviços prestados à Coroa Real. Porém, por decreto de 2 12 do mesmo ano, isto é, dois meses depois, e, a seu pedido, a mesma soberana rainha, mudou lhe esse título para Conde de Arcossó, pequena freguesia do Concelho de Chaves, junto ao complexo termal de Vidago. Teve ainda um Conde e uma senhora Condessa. O primeiro foi António Teles de Meneses, 8° Senhor de Unhão, freguesia do Concelho de Felgueiras, pelos serviços prestados ao Reino, como Governador do Brasil e Vice Rei da índia. Veio a morrer como Vice Rei da índia no mês de Julho de 1657. O título havia lhe sido dado por carta de 6 8 1647 e foi depois herdado por D. Joana Maria de Castro, que veio a falecer em 1736 e, com ela, terminou o Condado de Vila Pouca de Aguiar. A Igreja de Vila Pouca de Aguiar foi comenda rendosa da Ordem de Cristo, dada por D. Filipe II em 15 5 1608 ao seu ministro e escrivão da Casa da índia Luís de Figueiredo Falcão.

PONTOS DE INTERESSE TURÍSTICO

Afonsim: Alto do Minheu, Dólmenes do Frieiro, Casa da Malta, Capela de Santo Ovídio, dólmen de Trandeiras e vestígios de povoação romana. Alfarela: Pelourinho, o único no concelho, Castro de Cidadelhe de Jales, e a via romana de Reboredo. Bornes: Igreja de São Martinho e capela de São Geraldo, Parque Termal das Pedras Salgadas, Ponte sobre o Rio Avelames. Bragado: Ponte românica, Ponte de Arame, as Adegas Subterrâneas em Monteiros e Solar da Boaventura em Carrazedo. Capeludos: Capela de São Barfomeu, Solar dos Canavarros e dos Morgados de Santa Ana. Gouvães: Mamôas das Chãs das arcas e a necrópole da Povoação. Parada de Monteiros: Relógio de Sol e a antiga Igreja de São Pedro. Pensalvos: Igreja Matriz de Santa Eulália, Solar dos Canavarros com o seu museu dos coches, Solar dos Montalvão, cruzeiro e moinho de água em Soutelo de Matos. Santa Marta do Alvão: Porta de armas da Casa dos Pipas em Viduedo e a praia fluvial recentemente inaugurada. Sabroso de Aguiar: Cruzeiro da Senhora da Agonia e Fonte Termal. Soutelo de Aguiar: Mamôas do Alto do Cotorinho, Igreja paroquial e Casa do Cabo em Fontes. Telões: Castelo de Aguiar na aldeia do Castelo, a casa da Nogueirinha no Pontido, Igreja paroquial e capelinha do padre Manuel do Couto em Telões, Capela da nossa senhora do Extremo em Tourencinho e quinta dos Ferreiros em Vila Chã. Trêsminas: Minas Romanas, Igreja Românica e sepultura, a aldeia típica de Ribeirinha, com os seus valiosos tesouros arqueológicos em estado de exploração. Valoura: Cruzeiro e aldeia típica de Cubas com as sua lindas vistas panorâmicas. Vila Pouca de Aguiar: Igreja do cemitério, Igreja Matriz de recente construção, Calvas, Guilhado e Nuzedo), quer sobre o ponto de vista das semelhanças sónicas e gráficas afirmando: “Pouca, nada tem a ver com “Cauca” e isso prova o sem qualquer dúvida, a fonética, por ser impossível tal fenómeno Cauca dar Pouca e, até por ser inexplicável e incompreensível a ligação ao substantivo Vila”. O Dr. Leite de Vasconcelos, escritor competentíssimo na matéria, reconhecendo sem qualquer margem de dúvida que a romanização das Terras de Aguiar é tão evidente que seria absurdo negá lo, (a atestá lo com evidência estão os topónimos da região, as moedas e outros utensílios em uso na época romana, bem como as minas auríferas de Três minas), afirma, sem margem de dúvida, que a origem de “Pouca” vem do adjectivo latino “pauca”. Talvez que um argumento forte seja o facto de os romanos classificarem as cidades de grandes, pequenas e médias. Desta feita, teríamos a grande cidade de “Aquae Flaviae” (Chaves); a cidade média, Vila Meã pequeno burgo junto das Pedras Salgadas e, a cidade pequena, Vila Pouca de Aguiar. Enquanto a questão se não clarifica melhor, deixemos, por grata conveniência, circular a opinião do nosso “amigo” Abade de Miragaia, acolhendo o grande imperador Teodósio I como português e aguiarense, cujo nome está estampado na antiga estrada do Minho. Teve V. P. de Aguiar um Barão, Pedro António Machado Pinto de Sousa que nasceu a 30 17 1772 e morreu a 13 5 1831, algures em Trás os Montes. Por decreto de 1 10 1835, foi agraciado pela Rainha D. Maria II com o título de Barão de V. P. de Aguiar, pelos bons serviços prestados à Coroa Real. Porém, por decreto de 2 12 do mesmo ano, isto é, dois meses depois, e, a seu pedido, a mesma soberana rainha, mudou lhe esse título para Conde de Arcossó, pequena freguesia do Concelho de Chaves, junto ao complexo termal de Vidago. Teve ainda um Conde e uma senhora Condessa. O primeiro foi António Teles de Meneses, 8° Senhor de Unhão, freguesia do Concelho de Felgueiras, pelos serviços prestados ao Reino, como Governador do Brasil e Vice Rei da índia. Veio a morrer como Vice Rei da índia no mês de Julho de 1657. O título havia lhe sido dado por carta de 6 8 1647 e foi depois herdado por D. Joana Maria de Castro, que veio a falecer em 1736 e, com ela, terminou o Condado de Vila Pouca de Aguiar. A Igreja de Vila Pouca de Aguiar foi comenda rendosa da Ordem de Cristo, dada por D. Filipe II em 15 5 1608 ao seu ministro e escrivão da Casa da índia Luís de Figueiredo Falcão.

PONTOS DE INTERESSE TURÍSTICO

Afonsim: Alto do Minheu, Dólmenes do Frieiro, Casa da Malta, Capela de Santo Ovídio, dólmen de Trandeiras e vestígios de povoação romana. Alfarela: Pelourinho, o único no concelho, Castro de Cidadelhe de Jales, e a via romana de Reboredo. Bornes: Igreja de São Martinho e capela de São Geraldo, Parque Termal das Pedras Salgadas, Ponte sobre o Rio Avelames. Bragado: Ponte românica, Ponte de Arame, as Adegas Subterrâneas em Monteiros e Solar da Boaventura em Carrazedo. Capeludos: Capela de São Bartlomeu, Solar dos Canavarros e dos Morgados de Santa Ana. Gouvães: Mamôas das Chãs das arcas e a necrópole da Povoação. Parada de Monteiros: Relógio de Sol e a antiga Igreja de São Pedro. Pensalvos: Igreja Matriz de Santa Eulália, Solar dos Canavarros com o seu museu dos coches, Solar dos Montalvão, cruzeiro e moinho de água em Soutelo de Matos. Santa Marta do Alvão: Porta de armas da Casa dos Pipas em Viduedo e a praia fluvial recentemente inaugurada. Sabroso de Aguiar: Cruzeiro da Senhora da Agonia e Fonte Termal. Soutelo de Aguiar: Mamôas do Alto do Cotorinho, Igreja paroquial e Casa do Cabo em Fontes. Telões: Castelo de Aguiar na aldeia do Castelo, a casa da Nogueirinha no Pontido, Igreja paroquial e capelinha do padre Manuel do Couto em Telões, Capela da nossa senhora do Extremo em Tourencinho e quinta dos Ferreiros em Vila Chã. Trêsminas: Minas Romanas, Igreja Românica e sepultura, a aldeia típica de Ribeirinha, com os seus valiosos tesouros arqueológicos em estado de exploração. Valoura: Cruzeiro e aldeia típica de Cubas com as sua lindas vistas panorâmicas. Vila Pouca de Aguiar: Igreja do cemitério, Igreja Matriz de recente construção, Capela da Nossa Senhora da Conceição com uma excelente vista panorâmica, Ponte Romana e Castro de Cidadelhe. Vreia de Bornes: Solar dos Canavarros, a Igreja matriz e a Via Sacra em Soutelinho do Monte. Vreia de Jales: A Ponte Romana, Via Romana, a estátua Menir na Barrela e as extintas Minas de Campo de Jales.

Caracterização Económico Social

Apesar de uma localização geográfica desfavorável, possui uma gama de recursos que podem conduzir o concelho a um forte desenvolvimento, desde que haja boas estratégias políticas de ordenamento, conjugadas com uma boa gestão, competência e equilíbrio. Apresenta desde já uma boa rede viária com várias estradas nacionais que atravessam de lês a lês todo o concelho, o qual irá ser beneficiado com a construção do IP3 e a A7, que nos ligarão à fronteira espanhola e a toda a comunidade Europeia. É rico em paisagens, todas elas diferentes, desde a inolvidável panorâmica do Minheu com largos horizontes abrangendo a Serra da Padrela, Larouco e umas longas vistas da Galiza e o Marão, até paisagens de vales e planuras deslumbrantes, vistas da Cruz do Roxo. Possui uma enorme e diversificada rede de cursos de águas, povoada por saborosas trutas, barbos e escalos como: o Avelames, o Corgo, o Tinhela, o Louredo e o Pinhão. Demografia. O concelho de Vila Pouca de Aguiar tem uma superfície de 430,3Km2, com uma população de 14.382 habitantes (2001) e 16444(1991). Desde 1981/2001 regrediu 25%o e na última década (1991/2001) perdeu 12,4% da sua população. Todas as freguesias perderam pessoas à excepção da freguesia de Santa Marta do Alvão que aumentou em 9 pessoas, devido ao regresso de emigrantes. Portanto, em dez anos perderam se 2680 habitantes. A densidade populacional é de 38 habitantes por Km2, um pouco superior à médias de Trás os Montes, 27habitantes por Km2 e inferior à da Região do Norte que é de 169 habitantes por Km2 e à do continente com 107 habitantes por Km2. De acordo com o INE, a estrutura etária do nosso concelho é relativamente mais baixa que a de Trás os Montes. Em 1998 havia ainda 34,9% de indivíduos com menos de 25 anos, todavia, durante os últimos anos tivemos um défice substancial de gente jovem que vai emigrando para as grandes cidades ou para outros países, com um aumento assustador da idade etária de mais de 65 anos. Isto quer dizer, que, aqui como em todo o país, há um aumento horrível da sociedade envelhecida, tendo como causas a baixa exorbitante da taxa de natalidade e o avanço da idade média das pessoas.

Actividade Económico Social

Sector Primário O concelho de Vila Pouca, bem como todo o Alto Tâmega é uma área essencialmente agrícola. A base económica é a floresta, a pecuária e a agricultura. A pecuária é ainda uma boa fonte de riqueza, apesar das doenças dos animais. A falta de apoio à agricultura e o apego dos camponeses ao cultivo tradicional, bem como o seu envelhecimento, dão aso ao velho eufemismo “a agricultura é o melhor meio de empobrecer alegremente”. As principais fontes de subsistência dos agricultores são a criação do gado bovino, caprino e o leite aparecendo aqui e além algumas explorações de porcos e coelhos. As maiores dificuldades deste sector têm a ver com a falta de imaginação para a competitividade e com a fragmentação dos terrenos em pequenos talhões que não oferecem condições de rentabilidade. Faltam iniciativas de associativismo e cooperativismo e o estrabismo governamental leva desenvolvimento para os grandes aglomerados, onde os “votos” são mais aliciantes. Sector Secundário A indústria neste concelho é muito frágil e desorganizada. Os poderes políticos têm se mostrado pouco empenhados em atrair para a zona fábricas a fim de evitarem a desertificação, sobretudo das camadas mais jovens. Faltam espaços adequados para parques industriais. A indústria de calçado, com uma fábrica em Sabroso de Aguiar, que dá emprego a cerca de 300 pessoas, a extracção da pedra e sua transformação sobretudo na zona dos Fojos, são as indústrias mais relevantes do nosso concelho. São várias dezenas de pequenas indústrias ligadas á extracção da pedra, cujo produto é usado não só em Portugal como no estrangeiro, mormente em toda a Europa e América. É um ramo de exploração muito rentável e, mais rentável seria, se explorassem o espírito de associativismo e abandonassem concorrências desleais. Visto que a matéria prima é infelizmente quase gratuita com concessões de 200 e 300 contos ano, o que me parece uma exploração desleal da população local. Mais rentável ainda é o negócio das águas minerais das Pedras Salgadas com grande implantação não só a nível nacional e europeu como também a nível mundial. Ao lado da exploração das águas engarrafadas existe também uma estância termal que utiliza as águas para tratamentos terapêuticos. Todavia, à medida que a exploração da água aumenta significativamente, sobretudo depois da construção da nova fábrica de engarrafamento, baixaram as termas, por falta de investimento e devido à degradação hoteleira, depois da época dos retornados. Podemos dizer que as águas de Pedras Salgadas são o melhor reclame do nosso Concelho. 0 negócio das águas é representado pela empresa “Vidago Melgaço e Pedras Salgadas”, com um volume de negócios de cerca de um milhão de contos e pela “Sovipe, Sociedade de Desenvolvimento Turístico das Pedras Salgadas”, pertencente ao grupo Jerónimo Martins que movimenta um volume de 250 a 500 mil contos, empregando cerca de 100 trabalhadores. 0 turismo está pouco desenvolvido, embora haja grandes potencialidades paisagísticas, gastronómicas, etnográficas e tenhamos uma gama bem apetrechada de restaurantes e hotéis. Sector Terceário Comércio e Serviços. Este sector não se mostra relevante como actividade económica de produção e riqueza. O comércio é muito frágil sem contornos de especialização embora seja o mais volumoso neste sector 55%, seguido do alojamento e restaurantes. Os serviços públicos estão quase na totalidade concentrados na sede do concelho como a Educação, Saúde, Segurança Social etc. Saúde Temos no concelho 1 Centro de saúde com internamento de doentes, 1 serviço permanente de urgências em Vila Pouca de Aguiar com 3 extensões: Pedras Salgadas, Soutelo e Campo de Jales. Há 4 farmácias, duas em Vila Pouca uma em Campo de Jales e outra nas Pedras Salgadas. Acção Social: Neste sector, além duma secção de atendimento do Centro Regional da Segurança Social de Vila Real, temos ainda vários organismos como: Comissão de acompanhamento do Rendimento mínimo garantido; Comissão de protecção de crianças e jovens em risco ; uma equipa de cuidados integrados (idosos); uma equipa de intervenção precoce de crianças. Porém a maior fatia da acção social em estruturas organizadas é a actividade das Instituições Particulares de solidariedade social e uma corporação humanitária de Bombeiros Voluntários. Instituições religiosas: Centro Social Paroquial Padre Sebastião Esteves de Vila Pouca de Aguiar: Creche ( 25 utentes), Pré Primária( 53) C.A.T.L com cerca de 100 utentes; Centro Social Nossa Senhora de Lurdes em Pedras Salgadas com 5 valências : Creche(40); Pré Primária ( 50); C.A .T. L ( 40); Centro de dia (6); e Apoio Domiciliário (6); Santa Casa da Misericórdia de Vila Pouca de Aguiar com 3 valências ; Lar(50); Centro de dia (10) e Apoio Domiciliário (10). Funcionou neste concelho, com grandes repercussões no presente e para o futuro, um programa de luta contra a pobreza, que foi o primeiro no distrito de Vila Real (1990 1999). Teve como entidade gestora o Centro Social Paroquial Padre Sebastião Esteves de Vila Pouca de Aguiar e a união das I.PS.S.s e, como parceiros sociais outras entidades, sendo as mais significativas a Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar e o Centro Regional de Segurança Social de Vila Real. Inicialmente teve como área o Planalto de Jales, estendendo se na segunda fase, ao resto doconcelho. Atingiu 14962 beneficiários.

Ensino

O concelho de Vila Pouca de Aguiar é o 4.° centro estudantil do Distrito, depois de Vila Real, Chaves e Régua, com 2.023 alunos. A Escola Básica 2,3 de Vila Pouca de Aguiar (E.B2,3) é sede de agrupamento que abrange os Jardins de Infância Públicos, com 129 alunos e 9 educadores, o 1.° Ciclo com 423 alunos e 87 professores e 2.° e 3.° Ciclos com 673 alunos e 60 professores, sendo 14 contratados . A Escola Secundária de Vila Pouca de Aguiar abrange os 2.° e 3.° Ciclos com 217 alunos, a Secundária com 391, com 60 professores, sendo 22 contratados e o Ensino Recorrente com 91 alunos. A estes números, juntando os jardins de infância das Instituições Religiosas com 103 alunos e 5 educadores. Temos o número acima referido de 2.023 alunos.
Instituições não religiosas: Centro Comunitário de Alfarela de Jales com 3 valências; Apoio Domiciliário (25); Centro de dia(20) e CATL (25); Associação Nossa Senhora do Loreto com 3 valências; CATL, Centro de dia e Apoio Domiciliário; Núcleo da cruz vermelha recentemente fundado. Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar, fundado em 25 12 1917. Tem como comandante o senhor João Nuno Correia de Sousa desde longa data. O quadro activo compõe se de 36 elementos masculinos e femininos. incluindo o capelão e o médico. Presta serviços contra incêndios, serviços de saúde em transporte de doentes e serviços de imergência de acidentes de estrada.

Associações Culturais Desportivas

Em Vila Pouca: ACAR Trabalhadores da Câmara: Sport Clube de Vila Pouca; Centro de Treinos Municipal; Clube de Caça e Pesca. Bornes: Associação Cultural e Recreativa Estudantil; ACR de Vila Meã e Juventude de Pedras Salgadas. Vreia de Jales: Grupo de Cantares e Danças do Planalto de Jales; Sport Clube de Campo de Jales; Grupo Desportivo de Raíz do Monte. Pensalvos: Grupo de Danças e Cantares. Trêsminas: Associação Cultural e Recreativa e Grupo Desportivo e Cultural de Vilarelho. Telões: Banda Musical do Pontido e Associação Cultural e Recreativa de Souto e outeiro. Sabroso: Grupo Desportivo de Sabroso

Freguesias do Concelho

Afonsim: Fica situada no planalto da Serra do Alvão a 5 km da sede do Concelho, com uma superfície de 12,54km2, 227 habitantes e 79 famílias. Éconstituída por 3 aldeias; Afonsim, Reguengo e Trandeiras; é freguesia civil e paróquia tendo por orago ou padroeiro N. Senhora da Assunção. O topónimo vem de Afonsini = Afonso=Afonsim. Trandeiras tem uma linda capela há pouco tempo, cujo orago é S. Lourenço e a capela de Reguengo dedicada a S. Mamede do séc. XVIII. A Igreja paroquial, construída em 1750, é uma bela relíquia de estilo D.João V, com imagens da mesma época, muito bem conservadas e restauradas. Consta que foi mandada edificar por um emigrante do Brasil o qual teria construído também a Igreja de S. Salvador de Ribeira de Pena que tem o mesmo estilo e as mesmas linhas arquitectónicas. Ainda existe a Casa da Malta, protecção dos presos e criminosos. Na povoação do Reguengo, foi encontrada por João Manuel Costa em 1977 um tesouro inédito de moedas romanas : Antoninianos e Aurelianos. Foi encontrado no lugar de Castanheira, a cerca de 3 km da Via Romana Lamecum Aquae Flaviae, e cerca de 2 km do Castro de Cidadelhe de Aguiar. Todas essas moedas (749) foram estudadas e catalogadas pelo Padre João Parente. Para mais pormenores pode consultar se o seu livro «Tesouro Numismático do Reguengo Vila Pouca de Aguiar 1983, Gráfica Editora do Minho Barcelos». Dentro da sua área situa se a Barragem da Falperra, construída na década de 50 para irrigação dos terrenos desta freguesia e da freguesia de Soutelo. Hoje, é um lugar turístico aprazível, com infra estruturas que proporcionam um local de convívio, além da pesca à truta e ao escalo. Alfarela: O nome é de origem árabe Alfáras (nome genérico de cavalo). Tem os seguintes forais: 1220 dado por D Afonso II; a 15 7 1273 dado por D. Afonso III considerado nulo por sentença de 3 10 1303; em 1304 D. Dinis concede lhe um foral datado de Trancoso; em 9 8 1514, foi lhe concedido um outro por D. Manuei.Tem 473 habitantes e 183 famílias e dista 12km da vila . O seu orago é o Divino Espírito Santo. Possui o único pelourinho do concelho. Foi sede do concelho tendo sido extinto em 31 12 1853, época em que passou para Vila Pouca de Aguiar. Bornes de Aguiar: Situada no sopé da Serra da Padrela, a 7 Km da sede do concelho possui uma superfície de 41,30Km2, com uma população de 2125 habitantes tendo perdido 225 membros e com 803 famílias. A origem toponímica é desconhecida. Compõe se de nove aldeias, cada uma com a sua capela e padroeiro; Lagobom, Santo António: Rebordochão, Santa Catarina; Pedras Salgadas, Nossa Senhora de Lurdes; Vila Meã, São Tiago; Borres, Sagrado Coração de Jesus; Tinhela de Cima, Nossa Senhora das Neves; Tinhela de Baixo, Nossa Senhora da Assunciação; Balugas, Nossa Senhora da Ajuda e Lagoa, Santo António. Não sabemos bem quando foi fundada mas, deve remontar ao século XII, pois no início do século XIII, já existia a paróquia de S. Martinho de Bornes, a cuja área pertencia Valoura que hoje constitui uma paróquia. A sede da freguesia é a povoação de Borres, embora presentemente a mais importante e populosa seja a de Pedras Salgadas que, a partir de 2000 foi elevada à categoria de Vila. A origem deste topónimo são os sais minerais que contêm as águas das termas que dão a sensação de serem salgadas. Também existe uma lenda que pretende ter dado a origem ao nome. Diz se que viviam ai duas senhoras com o apelido de Salgadas. Acontece que, com o fim de lhes extorquirem os seus haveres, alguém as matou e enterrou num sítio incerto. Sucede que, por aí passou alguém que encontrou a descoberto um pé das senhoras ficando aquele local a chamar se o “Pé das Salgadas”, que passou a designar se Pedras Salgadas. O ex libris desta paróquia é a Igreja de São Martinho, assim designada, pelo facto de ser o padroeiro S. Martinho. Segundo alguns arqueólogos, foi edificada em cima de um castro, do qual aproveitaram alguma pedra. O exterior da igreja é de granito, de arquitectura sóbria, notando se traços de cachorros, que nos levam ao estilo românico. Os acréscimos que sofreu, 6 a 7 metros de comprimento, fizeram perder os seus traços primitivos. No cimo da fachada encontram se duas imagens de santos já bastante danificados pelo passar do tempo. Parecem ser a imagem de São Martinho e São Lucas. O interior da igreja está ornamentado com altares de excelente e valiosa talha dourada, bem restaurada e conservada. Havia ali três capelinhas, duas das quais foram demolidas pelo então reitor (1717) Francisco Ferreira. Uma era dedicada ao S. Sebastião e outra ao Divino Espírito Santo. A terceira ainda está de pé que é a de São Geraldo Arcebispo de Braga. Não sabemos o ano da sua construção porém, já existia em 1706 pois o Padre Carvalho da Costa a ela se refere na sua “Choreografia Portuguesa”. Possuía dois altares laterais, demolidos em 1872, aquando da sua restauração. Exteriormente, conserva o granito à vista, com um belo alpendre, suspenso por duas colunas rectangulares à frente, e seis pilares laterais. São Geraldo era natural da Cantuária, religioso de raras virtudes que, ao longo da sua vida prestou um excelente trabalho espiritual, como visitador das casas religiosas. Foi obrigado, por obediência aos seus superiores hierárquicos, a assumir a responsabilidade de Arcebispo de Braga. Já doente, empreendeu uma visita à extenssíssima Diocese. Vindo de Montalegre, passou por São Martinho para sagrar a igreja paroquial e ali morreu em Dezembro de 1109, acometido pela doença das maleitas. Reza uma velha lenda que, no delírio febril das maleitas, pediu que lhe trouxessem amoras e água fresca da fonte. Não havia amoreiras nem amoras por ser em Dezembro, nem água nas redondezas. Como ele insistisse saíram da residência paroquial e encontraram no adro uma amoreira com frutos deliciosos, ao lado do adro, uma fonte de águas cristalinas, que serviram para refrescar a sede do moribundo Arcebispo. Ainda hoje, no adro da igreja, se conserva uma enorme amoreira que, apesar de não ser já da época, merece ser bem preservada. Fora do adro corre também a água da fonte milagrosa de São Geraldo, assim apelidada pelo povo. O povo devoto mandou aí construir a capela de São Geraldo. Ainda no século XVII, se conservava um caixão de pedra, onde tinha sido depositado o corpo do santo, o qual foi transladado para Braga, onde permanece, na Capela de São Nicolau, que ele tinha mandado construir anos antes da sua morte, hoje mais conhecida pela Capela de São Geraldo. O mais importante em Pedras Salgadas, não só no aspecto económico, mas também no aspecto termal, são as sua termas. Pela sua importância merecia uma descrição bem longa e pormenorizada, porém, por falta de espaço limito me a uns pequenos tópicos. As águas que os especialistas classificam como frias, Bicabornatadas, Sódicas, Gaso carbónicas, são aconselháveis para as doenças da pele, dos ossos, gastrointestinais e outras. O uso das águas começou no início do século XIX, todavia, é natural que os romanos já as tivessem conhecido antes. Tidas como águas milagrosas, o Dr. Henrique Ferreira Botelho empreendeu a sua exploração, tendo a Câmara Municipal disponibilizado no seu orçamento a verba necessária para tal objectivo em 1870. Em 1879 iniciou se a construção do Grande Hotel. Em 1884 estiveram a veranear nesta instância termal a ranha D. Maria Pia com o infante Augusto e D. Fernando que deixaram os seus nomes em algumas fontes. Em 1893 foram as fontes vistoriadas pelo Eng.: Freire Andrade. Em 1907, ali esteve o Rei D. Carlos de onde saía para as montarias do javali. Foram premiadas em diversas exposições internacionais; Filadélfia (1876), Paris (1878); Brasil (1879); Londres (1884), tornado as suas termas conhecidas em toda a nação e as águas começaram a ser exportadas para o estrangeiro. Além das termas e das águas existe um parque ao longo da margem esquerda do Rio Avelames onde os aquistas se deliciam com a sombra fresca das gigantescas árvores que o enfeitam e se confortam com o chilrear do passaredo. Bragado: Freguesia e paróquia, tem por orago S. Pedro. Situada na Serra de S. Pedro a 13 km da sede do concelho, com uma superfície de 25,46 km2 com 612 habitantes e 245 famílias. É constituída por 4 aldeias: Bragado, Carrazedo, Monteiros e Vilela da Cabugueira. Como monumentos que interessam turisticamente temos: a Ponte Românica com três arcos em pedra tendo o arco do meio um diâmetro mais alongado, formando uma ligeira lomba, as adegas subterrâneas em Monteiros são outro ponto turístico a visitar. Todas as aldeias têm a sua capelinha com o padroeiro: Carrazedo, S. Sebastião; Vilela; Santo António e Monteiros, São Lourenço. Capeludos: Sede de freguesia e paróquia, situada no extremo Norte do concelho a 20 km da sede, com 618 habitantes e 250 famílias. A igreja é um ponto a visitar pela talha do seu altar e pela abóbada da capela mor toda em granito. Tem por orago S. João Baptista. É constituída pelas seguintes povoações; Capeludos, Adagoi, Freixeda e Vilarinho de S. Bento. O topónimo desta última advém lhe da Igreja dedicada a S. Bento que possivelmente daria guarida a monges da mesma ordem. A ponte, e os caminhos que levam ao Tâmega assinalam nos a passagem, por estes lugares dos Celtas e Árabes. Tudo isto ainda existe e pode ser visto pelos turistas no lugar do EIRÓ, no empedrado dos caminhos que conduzem ao rio Tâmega e no lugar do castelo, onde o panorama édeslumbrante. Além destas vistas panorâmicas, podemos apreciar uma outra, com o Tâmega ao fundo uma magnífica beleza. É de salientar a limpidez das águas do Tâmega neste sítios, onde predominam as boas espécies de peixes: enguias, barbos, bogas e trutas. Foi de Capeludes o último carrasco de Portugal, chamado Luís Alves conhecido pelo negro, que deu origem ao bairro do Quarto Negro em Vila Pouca de Aguiar, onde ele teria vivido. Gouvães da Serra: A freguesia de Gouvães, situada a 10 Km da sede do concelho, tem uma superfície de 15,55km2, com 169 habitantes e 63 famílias. Consta de três aldeias: Gouvães com a sua igreja paroquial, construída em 1752 a qual tem sofrido vários arranjos. O último restauro deu se em 1985, alteando a sua torre sineira, que lhe deu um ar mais atraente e altivo. Tem por orago S.Jorge; Povoação possui uma linda capelinha dedicada a Santa Maria Madalena.0 topónimo deve ser alusivo a Guadanis uma “Villa romana “ou de algum personagem cujo nome deu origem ao povoado. Tem um património arqueológico muito rico do período neolítico. Consta que nos fins do século XIX havia na sua área cerca de 60 mamôas, das quais apenas duas estão em condições de serem vistadas na Chã das Arcas. As outras foram danificadas possivelmente, pelos devotos de São Cipriano. O livro deste Santo refere vários locais onde se encontravam tesouros valiosos pelo que, o povo simples, procurava nesses locais, algo de valioso. Apesar de o Padre Rafael e o Padre Brenha se terem esforçado em preservar as referidas mamôas, nada ou pouco conseguiram.
Eles próprios tiveram um exaustivo trabalho nas pesquisas arqueológicas não só nesta freguesia mas em todo o planalto do Alvão. A mamôa do Alto do Cotorino está considerada monumento de interesse público. Consta que o padre Brenha, levou dali alguns objectos, que ainda se salvaram, depois de serem violadas pelos aldeões das povoações vizinhas. Na zona da Povoação, encontramos um magnífico conjunto de sepulturas Medievais abertas na rocha. Quanto à data das suas origens, ainda são motivo de acérrima polémica. Para alguns, são de origem Proto Histórica ou de origem romana; para outros, da época medieval. O seu uso teria caído em decadência entre os séculos VIII IX, acabando por desaparecer à medida que a liturgia da Igreja Católica Romana se desenvolvia e alastrava pelos lugares ermos e distantes das cidades e vilas. O Padre João Gonçalves da Costa de reconhecimento comprovado nesta matéria afirma não serem medievais mas muitíssimo anteriores. Parada de Monteiros: Situada nas fraldas do Minheu a 16 Km da sede do concelho, com 23,15 Km de superfície. Compõe se de duas aldeias. Parada de Monteiros e Pielas. O topónimo Monteiros diz respeito à caça do javali que ali era abundante e Parada significa pousada ou estalagem onde os caçadores se hospedavam. Tem por orago S. Pedro, cuja igreja fica a distância da povoação, hoje quase abandonada. Adaptaram a igreja paroquial o espaço da antiga residência paroquial. Pensalvos: A freguesia de Pensalvos, também conhecida por Pensalves, cujo topónimo é desconhecido. Fica situado a cerca de 10 km de Vila Pouca de Aguiar e tem uma altitude de 720 metros, na margem esquerda do Rio Tâmega. Foi comenda da Ordem de Cristo e não padroado do rei como se pode concluir pelo livro das inquirições de D. Afonso II. Há ali duas casas brasonadas do século XVII; o solar da família Borges Montalvão ainda hoje bem conservada e a Casa Martins Aguiar hoje conhecida pela casa dos Canavarros que possui um valioso museu de coches e carros antigos. É uma freguesia antiga, desconhecendo se a sua matriz inicial. Possui um lindo cruzeiro no centro da povoação. O monumento mais importante é sem dúvida a Igreja Matriz que tem por orago Santa Eulália. Vale bem uma visita para quem apreciar a arte sacra. Não há memória da sua construção, todavia, tudo aponta para o último quartel do século XVII, pois encontramos na cruz do adro a data de 1679 e outra na base granítica no púlpito 1693. É uma igreja de raiz românica, quase totalmente desfigurada na sua estrutura arquitectónica, devido ás sucessivas transformações sofridas ao longo dos tempos. No adro, encontramos um simples, mas interessante” Torreão” ou sineira, encimado por uma cruz de granito, ladeada por duas pirâmides. A fachada da igreja sustenta, ao meio, uma cruz, ladeada por duas pirâmides sustentado no cimo de cada uma, como enfeite, uma esfera. Por cima da porta principal, vemos uma pequena rosácea em quadrifólio. No frontal, repousa a imagem da Santa Eulália, a padroeira, já deformada pela corrosão das intempéries. No chão da igreja, encontramos 57 sepulturas, balizadas por guias de granito e cobertas por tábuas de castanho. O mais importante do seu recheio é a talha e as pinturas em estilo barroco. O tecto da capela mor está revestida com 20 painéis pintados a óleo, alusivos a várias cenas bíblicas. O altar mor, talhado em Barroco Nacional, faz um bom conjunto com o sacrário cuja porta é adornada com dois pelicanos e com a tribuna exuberantemente ornada de uma lindíssima rosácea dourada. Do lado das colunas que sustentam os arcos embelezam o altar dois nichos com as imagens de Santa Eulália e de Santo António. O Arco Cruzeiro é também todo revestido a belíssima talha, ostentando ao centro a imagem do Arcanjo S. Miguel dominando o draáão; do lado esquerdo, vemos uma cópia da Pietá de Miguel Ângelo e, do lado direito, vemos duas peanhas, uma com São Joaquim e outra com Nossa Senhora. O tecto é uma preciosidade com os seus inúmeros caixotones pintados a óleo, contando figuras bíblicas, de santos, de cenas da vida e morte de Jesus Cristo. Esta igreja foi restaurada em 1996 com a ajuda do IPPAR e pelo esforço do actual pároco Padre Manuel Sequeira Teles. Fazem ainda parte desta freguesia a povoação de Cabanes e Soutelo de Matos cada uma com a sua capelinha (Séc.XVIII XIX) recentemente restauradas. ‘Sabroso de Aguiar: Situada no extremo norte do concelho à distância de 10 Km de Vila Pouca de Aguiar, pertenceu até 1993 à freguesia de Vreia de Bornes. Nesse ano tornou se freguesia independente, continuando ainda ligada a Vreia de Bornes eclesiasticamente, por não ser ainda paróquia. O topónimo tem origem no latim Suber (sobreiro), Suberusu>Soberoso>Sabroso, lugar onde teria havido muitos sobreiros. Na sua área existem pelo menos três nascentes de águas minerais, incluídas na concessão de Pedras Salgadas, denominadas Fonte Romana, Sabroso e Sabroso nova nascente. Ultimamente, quando a Câmara Municipal fazia captação das águas de abastecimento público no lugar do Cardal, apareceu ali água mineral num furo, com características semelhantes às das Termas de Pedras Salgadas. A Câmara pediu concessão ao Instituto Geológico e Minas (IGM), a qual lhe foi recusada, alegando que a sua exploração iria interferir na concessão de Pedras Salgadas. Esperam se dias melhores. Teve foral em Julho de 1255. Ali nasceram e viveram os nobres Machados de Sabroso, Morgados das capelas de Santa Bárbara, de S. Amaro e da Senhora do Loreto e Capitães mor de Vila Pouca de Aguiar. A capela de S. Amaro foi recentemente ampliada (2000) perdendo totalmente o traço antigo, sobretudo com o aditamento duma torre sineira totalmente desadaptada e inconveniente, arquitectonicamente falando. Quanto à capela de N. S. do Loreto, já não existe, porque mãos inocentes (mas criminosas) a venderam a pessoas de dinheiro e apreciadoras de arte, mas sem escrúpulos. É a maior aldeia do concelho e a única que por si só é freguesia civil, apresentando 691 habitantes com 250 famílias. Consta que perto de Sabroso, mais concretamente na Tapada dos Ervedoiros, morreu o famoso General Macdonell em 1847, aquando da sublevação da Maria da Fonte. Derrotado em Braga, retira se para Trás os Montes, onde foi morto pelos homens do Visconde de Vinhais que tinha as suas tropas acampadas em Vila Pouca de Aguiar. O seu corpo teria sido sepultado na célebre ermida de S. António, do séc. XVI. Santa Marta do Alvão: Quem sobe de Vila Pouca de Aguiar e atravessa o planalto do Alvão, a 10 km, encontra Santa Marta. Está localizada na margem direita da estrada que leva a Braga, num pequeno outeiro, como quem vigia todo o vale. Tem uma população de 181 habitantes e 73 famílias. A igreja e o cemitério foram construídos no princípio do século em 1917 pelo então pároco Manuel Gonçalves. O oráculo é Santa Marta. Segundo uma lenda, a povoação primitiva era no local chamada Padim e do outro lado do regato Louredo, onde ainda se encontram restos de paredes. Os habitantes aí existentes teriam abandonado a aldeia por causa de uma invasão de formigas, passando para o lugar da aldeia actual . Pelos topónimos Padim e Guimbra parece terem passado por aqui os visigodos, tendo mais tarde sido povoada por ordem de D. Sancho 1 (1185 1211). A freguesia tem duas povoações. Santa Marta e Viduedo às quais foi concedido foral por D. Sancho I em carta feita em Guimarães, em Junho de 1240, tendo D. Manuel abrangido estas duas aldeias no foral das Terras de Aguiar da Pena em 1515. Viduedo tem uma linda capela do séc. XVII dedicada a Santa Ana, cujos santos e altar são muito antigos e duma pintura artesanal e invulgar ainda no original. A aldeia de Viduedo, situada na outra margem do rio Louredo tornou se importante pela casa dos Pipas que se notabilizou pela maneira como venceu as tropas castelhanas, quando tentavam entrar em Trás os Montes. Segundo o padre Bento Gonçalves de Queirós no seu estudo “genealogia de Soutelo de Aguiar” que se conserva ainda no arquivo paroquial da paróquia de Soutelo, eram originários de Carrazedo do Alvão. Tem ainda muitos descendentes em Viduedo, Carrazedo, Vila Real, Coimbra. Lisboa, etc. Manuel Gonçalves Pipo foi 1.° capitão de Viduedo e de Gouvães da Serra das ordenanças de Vila Pouca de Aguiar. Casou a 30 12 1716 com Maria Luísa dotada de bens em Viduedo. Tiveram como filho primogénito Manuel Luis Gonçalves Pipo, fidalgo da cota de armas de El rei D. João I. Não seria hoje conhecido, se não fosse o artifício e manha que ele usou para combater os castelhanos, façanha que lhe deu fama e lhe valeu carta de brasão dada por D. José a 19 06 1774. Muito se tem discutido sobre a façanha do capitão de Viduedo. Não se sabe bem se é história ou lenda pois há uma lenda semelhante em Lindoso, Alto Minho. História ou lenda assim a descreve Camilo Castelo Branco num dos seus romances contada pelo próprio capitão a um tal Sebastião de Melo, hóspede do dito capitão. Capitão começou assim: “Pois eu lhe conto… Tinha eu treze anos… era assim um cachopo como aquele meu bisneto que ali está a assar as castanhas. Andavam as guerras do S. Rei D. Pedro 11 com o rei de Espanha. Os perros dos espanhóis tinham entrado par Chaves, e estavam acampados no Vale de Aguiar, daqui légua e meia. Eu, quando o soube, estava me cozendo cá por dentro, e disse a meu pai, Deus lhe perdõe: “Vou fazer fugir aqueles diabos”. Puseram se a rir de mim, e vai eu que faço? Vou pelo povo, e por outro que aí está ao fundo da serra, que se chama Póvoa, e pedi as lanternas de andar de noite à rega. Ao lusco fusco, acendi as e botei fora a rês. Pus lhe, com sua licença, nos galhos as lanternas e disse ao pegureiro: “Anda lá para diante com o gado”. Havia cá em casa um tambor de andar cos entremeses da entrudo, botei o pio cachaço, e fui, fui, até avistar o acampamento dos perros. Apenas cheguei ao alto, comecei a tocar o tambor, e os cabras a descer com as lanternas, com sua licença, nos galhos. Neste comenos, ouvimos tocar tambores e cornetas, que parecia um inferno. E eu a descer pela montanha com a rês… Não lhe digo nada… Os espanhóis não pararam senão em Chaves, e levaram tapona de criar bicho, porque foram encurralados lia praça pelas topas que vinham lá de por aí abaixo de Guimarães. Ora aí está. Depois veio aqui um governo de chapéu de bicos e disse me que o senhor rei me mandava ir a Lisboa. Atirei me pra riba da minha égua, e preguei comigo no palácio real. Veio o Senhor Rei falar comigo a unia cousa assim a modo de andar, onde estavam uns figurões, que me diziam muitas cousas e tal etcetera… E vai depois, meu amiguinho, o rei meteu me um papel lias linhas, e mandou me ao erário, onde me deram duzentas amarelas, e rne disseram que eu era fidalgo da casa real. e cavaleiro da ordem de Cristo, para mim e pros meus descendentes, e que mandasse fazer o meu brasão pelo que vinha no diploma, que tenho lá em cinta na arca. Ora aí está a história …. ” (CASTELO BRANCO, Camilo, Mistérios de Lisboa, Publicações Europa América, Vol. 11, pp. 74 81). Consta que Camilo Castelo Branco passava muitas vezes por Viduedo nas suas andanças de Vilarinho da Samardã para Ribeira de Pena e aí pernoitava. Como não caísse no goto da família (questões amorosas?), procurou descrever a lenda duma maneira grotesca e caricata. Soutelo de Aguiar: Com uma superfície de 29,36 km2, 1165 habitantes e 440 famílias, esta freguesia é constituída por sete aldeias; Soutelo, sede da freguesia com o orago de S. Tiago: Paredes do Alvão. N. S. das Neves; Fontes, S. António; Montenegrelo, S. António e Carrazedo do Alvão, S. Tomé. Foi urna das paróquias do julgado medieval de Aguiar da Pena no século XII XIII. Na altura, era constituída por 6 vilas rústicas; Carrazedo. Pena Ousal (extinta), Montenegrelo, Soutelo e Souto. Na área da freguesia temos 2 casas brasonadas; a dos Sousas Machados Fontes, senhores da casas do Cabo em Fontes. O primeiro senhor da casa de Fontes foi Tomé de Sousa Juiz, ordinário de Vila Pouca de Aguiar em 1670 e o último é o Dr. Guilherme de Meneses de Sousa e Fontes digníssimo advogado na cidade do Porto e expresidente da Assembleia Municipal de Vila Pouca de Aguiar e irmão do Eng. Ernesto de Meneses, homens dados, ao estudo arqueológico do nosso concelho aos quais se devem muitos dos conhecimentos antigos deste concelho e, para os quais vai o meu agradecimento. A outra casa pertence aos Sousas Machados, morgados de Santa Clara de Montenegrelo. O instituidor do l° morgado da capela de Santa Clara foi o padre António Martins de Sousa que faleceu em 12 10 1766. Legou o morgadio à sua irmã Águeda Rodrigues. Presentemente a capela já não existe pois foi vendida ao Morgado de Atei. Quanto ao resto da casa, está ainda no local, pena foi terem lhe feito vários acréscimos, pervertendo toda a sua arquitectura. Toda a área da freguesia está rodeada de um conjunto valioso de peças arqueolóáicas. Em Paredes do Alvão, numa laje de longa extensão encontra se um conjunto de Sepulturas Antropomórficas escavadas na rocha. Sepulturas idênticas encontramos nas imediações da Lixa do Alvão. São ao todo seis, dispersas por três locais distintos. Além destas sepulturas, o Padre Brenha e o seu companheiro Padre Rafael, dão nos conta dum vasto elenco de ruínas dolménicas, nas quais se encontravam ainda sinais gráficos, indícios da transição do pensamento. A cerca de 1000 metros de altitude, os referidos investigadores, encontraram cinco agrupamentos de construções dolménicas; uma, perto de Carrazedo do Alvão na Chã das Arcas, com dez dolmens; A outra Junto à Lixa do Alvão com cinco; na Portela de Chã outro, com quatro; também com quatro no lugar do Frieiro e junto àaldeia de Trandeiras, mais sete. Encontraram se também junto dos ditos monumentos amuletos de pedra multiforme, bem como machados e triângulos com vários desenhos de animas. Vários abjectos e pedras de grande valor arqueológico foram coleccionadas pelo Padre Brenha. que as terá levado para a Póvoa do Varzim e, com a sua morte, foram para o museu arqueológico da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. As pesquisas destes dois apaixonados pela pré história avalizou o Padre Brenha a firmar « O aparecimento da escrita já na idade neolítica, isto é, o aparecimento das inscrições numa estação característica da idade neolítica não deve causar estranheza. No princípio da idade do bronze e talvez no fim da época neolítica era já indubitável a sua existência”. Telões: Villa Tellonis = Villa de D. Telo, terra doada pelo rei a D. Telo de Menezes. Há nesta freguesia vestígios da passagem de Iberos. Celtas. Romanos, Godos e Árabes. O símbolo máximo desta freguesia é sem dúvida o Castelo de Aguiar. que está implantado sobre um penedo, dai o apelido de Castelo Roqueiro. A sua primeira construção é atribuída aos romanos e serviria de aquartelamento para tropas de defesa da via romana que ligava Chaves a Lamego. Esta freguesia no Vale de Aguiar, a cerca de 7 km da sede do concelho, com 1596 habitantes e 546 famílias, recebeu foral de D. Afonso III a 10 7 1255, beneficiando mais tarde do foral de D. Manuel dado em 22.6 1515. Compõe se de 11 povoações com as suas capelas e respectivos padroeiros. Telões com a Igreja Paroquial construída recentemente em honra do Divino Salvador; Zimão, situada no vale de aguiar com a capela de N.Sr da Luz;Gralheira com a capela de S. Tomé; Vila Chã, S. Lourenço; Soutelinho do Mesio, N.ª Senhora dos Remédios; Souto, S. José; Outeiro, N.ª Senhora de Fátima; Covelo, N.ª Senhora da Conceição; Tourencinho, N.ª Senhora do Extremo, lindo santuário situado na meia encosta da Serra da Falperra, onde se faz uma festa no verão. No percurso da povoação para o santuário encontramos duas pequeninas capelas a de S. Jorge e a de Santa Luzia. Vale a pena subir até este miradouro do vale de Vila Pouca e aí repousar no recinto da capela, onde corre uma abundante fonte de água. Na povoação do Pontido, temos a capela de Santo António e uma outra particular pertencente à casa da Nogueirinha. Porém, o povoado mais interessante, pela tipicidade das suas casas, algumas ainda com o traço primitivo, é a do Castelo, cujo nome lhe advém do Castelo Roqueiro hoje em ruínas, apesar de ter sofrido um arranjo. O símbolo máximo do expoente religioso é a capela de N. Senhora das Dores ao lado da igreja paroquial e próxima do cemitério. Aí se encontram os restos mortais do Padre Manuel do Couto, autor do célebre livro “Missão Abreviada” com 17 edições, um dos livros mais vendidos da época. Na 11.ª edição diz o autor já ter vendido 92000 exemplares. A ele nos referimos a quando dos homens ilustres de Trás os Montes. Por agora apenas referimos que é tido como santo e a festa que se faz no verão em honra da Senhora das Dores é também uma festa em honra do Padre Manuel do Couto, feita de uma maneira camuflada, só que, a fé e a doutrina que o exímio sacerdote pregou é por vezes adulterada na prática. No aspecto histórico, a jóia mais importante nesta freguesia é o Castelo de Aguiar. Não se sabe ao certo quando e por quem foi construído. Segundo o Abade de Miragaia é de origem romana. Diz ele “é atribuído aos romanos, estava situado a Poente da via militar de Chaves para Panóias e Lamego, supõem se que era um aquartelamento de tropas que defendiam a referida via romana”. O que sabemos com certeza é que o povoamento do território desta freguesia éanterior ao século XII e que o Castelo é seguramente anterior à nacionalidade. A lista de Alcaides deste Castelo encontra se no opúsculo da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar com o título “Mui Nobre e Ilustre Terra de Aguiar” que surgiu dum trabalho do ilustre advogado Dr. Guilherme de Meneses e Sousa Fontes, antigo presidente da Assembleia Municipal de Vila Pouca de Aguiar e de seu irmão Ernesto. Zimão: Segundo uma lenda foi fundada há cerca de 250 anos por 4 irmãos. Soutelinho do Mesio fica no extremo sul da freguesia. Diz se, que esta aldeia, ficava mais a Sudoeste local onde há ainda túmulos escavados na rocha e umas pequenas pias onde os pastores colhiam o leite tirado das cabras. Trêsminas: A freguesia de Trêsminas fica situada na vertente da Serra da Padrela, na margem esquerda do rio Tinhela, a 15 km da sede do concelho, com uma superfície de 59,82km2 e uma população de 501 habitantes. O orago é S. Miguel e é composta de nove aldeias: Trêsminas, Cevivas, Covas; Filhagosa; Granja; Revel; Ribeirinha e Vilarelho. O povoamento destas terras é muito anterior à nacionalidade (Séc. XII), possivelmente vem da pré e proto história. A origem do topónimo tem a ver com a importantíssima arqueologia, mormente no que diz respeito às minas. Existem ali várias minas ou vestígios delas, porém são três as mais importantes a que o povo chama de “lagos” por se encherem de água aquando das chuvadas, daí o nome de Trêsminas. É esta a opinião dos melhores arqueólogos conhecidos como: Pinho Leal; Leite de Vasconcelos, António de Sousa Pina da Academia Real e outros. Todavia, pode ter outra origem visto que os nomes mais antigos atribuídos a esta povoação: Transmires ou Tresmires nos levam a pôr a hipótese de este topónimo, como alias acontece com quase todas as povoações das redondezas, estar ligado ao nome de alguma pessoa de origem germânica “Trasimur” que com o correr do tempo, por transformação de origem popular deu Trêsminas. O que é certo é que nas inquirições de D. Afonso de 1220 se faz referência à paróquia de S. Miguel de Transmires que pertencia ao julgado medieval de Panoias, abrangendo o território de muitas povoações vizinhas `’
denominadas ” Villas” agrícolas; Alfarela de Jales, hoje sede de freguesia e outrora concelho, Villa de Vilares, Villa de Moreira, Villa Juxta Monte, Raiz do Monte. “Villa” Quintã, Villa de Cidadelha, Villa de Santa Maria de Jales hoje a sede de freguesia de Vreia de Jales e provavelmente outras povoações já possuidoras de cartas forâneas como por exemplo Guilhado de origem antroponímica germânica a quem D. Afonso II deu foral a 27 8 1725, assinando no Porto. A primeira referência desta paróquia é das inquisições de 1220 porém, a sua instituição é muito anterior à nacionalidade. pois é já citada pelo bispo D . Pedro nos finais do século IX. Sabemos que nestes lugares se adoravam os deuses pagãos como nos refere o padre João Parente no seu livro “Subsídios inéditos para a história de Trêsminas”. Ali se encontraram pelo menos duas aras: uma dedicada à deusa Nábia e outra ao deus Júpiter muito adorado pelos romanos. É natural que a igreja de S. Miguel de Trêsminas tivesse sido edificada no local onde outrora era adorado o “deus dos deuses Júpiter. A igreja de hoje, depois de sucessivas transformações, ainda conserva o cariz românico, edificada talvez no século XIV, é de cantaria robusta, cujas paredes têm cerca de 1,30 de largura. Ao longo das cornijas estão esculpidos lindos medalhões, onde o sagrado e o profano se confundem e expressam ainda raízes profundas de paganismo. No interior, o que mais nos impressiona é o Arco Cruzeiro de expressão gótica. ornado com grânulos esculpidos no granito em volta das ogivas. O altar mor ostenta um belo retábulo em talha dourada, datado de 1718. No interior da capela mor vemos ainda um túmulo vazio desconhecendo se de quem era e quando foi usado. O padroado desta paróquia era de grande valia pois abrangia a maior parte dos haveres da região, estendendo se a várias herdades junto ao rio Douro.
Segundo as declarações do capelão padre Pedro Álvares nas inquirições de 1220 de D. Afonso II, não era padroado real, mas de muitas pessoas leigas e eclesiásticas. Acerca do padroado houve uma questão jurídica que se prolongou desde 1308 1406. Vários herdeiros do padroado doaram a sua parte ao Arcebispado bracarense em 12 IX 1308: P. João Anes doa a sua parte ao Arcebispado de Braga, D. Gonçalo Pereira; em 6 3 1327, Gil Martins faz o mesmo e na mesma data Margarida Esteves segue lhe o caminho. Urna vez que o arcebispo de braga era possuidor desses legados, era ele que apresentava os reitores, o que acontece até ao século XVIII. Todavia, este padroado foi fortemente contestado por alguns fidalgos de Trêsminas. Já no início do século XV, houve contestação da parte de alguns fidalgos leigos pretendendo eles mesmos apresentar os reitores e apresentaram de facto como reitor o padre Fernando Vasques. O Arcebispo procedeu a censuras contra o contestantes. Estes recorreram a Roma para o papa Bonifácio IX. O papa levantou lhe as censuras e tirou o padroado ao ordinário. O arcebispo recorre à Santa Sé em 5 V 1402 cuja questão não foi resolvida a seu contento. Ordenado um inquérito pelo Arcebispo em 1400 sobre o direito de padroado foi nomeado Juiz o arcediago de Neiva, Rodrigo Alvares. A 10 10 1400. fundado nas doações feitas ao Arcebispo e nos direitos de padroado dos opositores. resolveu a questão ordenando que a apresentação dos reitores fosse dada em conjunto pelo Arcebispo e padroeiros em 23 I1 1406, nomeando Reitor Vasco Fernandes da Granja. Mais tarde, com a passagem de Alfarela a paróquia e a concelho, Trêsminas passou a pertencer ao concelho de Alfarela até à sua extinção em 31 12 1853. Ficou ligada ao concelho de Murça apenas dois anos, passando definitivamente para o concelho de Vila Pouca de Aguiar em 24 X 1855. As minas romanas começaram provavelmente a sua exploração com o imperador Augusto /27 a.C. 14d.C ) e vão até ao século II da nossa era. Digno de nota é o relógio de sol da sineira da Capela da Ribeirinha de construção recente mas ainda bem conservada . Nesta povoação viveu José Meireles Pinto Araújo Andrade, morgado da capela de Santo António da Ribeirinha o qual foi agraciado com a carta de familiar do Santo Ofício da inquisição, datada de 21 3 1746, assinada por D. Jaime Alves Nogueira secretário geral do Santo Ofício. Valoura: Fica a 13km da sede do concelho, com 438 habitantes e 169 famílias no contraforte da Serra da Padrela. Tem como orago a Santa Iria. Compõe se de três povoados; Valoura, Vila do Conde e Cubas. Possivelmente todas de origem anterior à nacionalidade. Prova se pelos castros aí existentes, embora as actuais aldeias se devam ao repovoamento do princípio do século XII. Segundo o Dr. Leite de Vasconcelos, o topónimo deriva do latim Valle = Vale Aurea dourado pela cor dos seus terrenos. Há quem opine que a sua origem é Valle = vale e o sufixo oura o que significaria território recortado de pequenos vales. Vila do Conde é também antiga cujo topónimo viria de Villa do Limite. Teve foral de D.Dinis dado em Coimbra a 3 12 1286, vindo a beneficiar do foral de Vila Pouca de Aguiar dado por D. Manuel em 22 6 1515. Vila Pouca de Aguiar: Vila Pouca de Aguiar é uma pequena Vila transmontana que, depois dum prolongado raquitismo, trepa a passos de gigante o escadario íngreme, mas firme, do progresso, em busca dum lugar nobre, com alforria de cidade, com uma população de 3276 habitantes e 1174 famílias. Fica situada no coração do Distrito de Vila Real, irrigada por várias estradas nacionais, que ali se cruzam, quais artérias bem recheadas, por onde escorre o fluxo e refluxo do tráfego rodoviário, quiçá o mais abundante e fluído de Trás os Montes. Do seu seio, como lágrimas da Virgem Dolorosa, brotam águas límpidas, mas um pouco envergonhadas do Rio Corgo, que percorre pachorrento os montes e vales até se lançar resignado no regaço caudaloso do Douro, e o Ribeiro de Chacim, pequeno afluente do Avelames, que geme suas mágoas de pedra em pedra, até se perder nas águas do Tâmega. Esta paróquia que tem por orago o Divino Salvador. Nos primórdios da sua fundação, princípios do século XII, chamava se, paróquia do Divino Salvador do Jugal. Não sabemos quando passou a chamar se Vila Pouca de Aguiar. A igreja do cemitério, outrora igreja paroquial, faz parte de três pérolas graníticas, das poucas ainda bem conservadas nesta Vila residência paroquial, igreja construída em 1774 e o cemitério, construído em 1860.A igreja e a residência foram restauradas há pouco tempo (1995/1996). Aquando do restauro foi encontrado na capela do sagrado coração de Jesus, debaixo do soalho um túmulo que, depois de estudado o brasão da lápide tumular, se verificou que era de um dos túmulos dos Viscondes de Santa Marta de Penaguião. Ficou à vista na mesma capela onde pode ser vista e estudada. Os altares laterais são de estilo Barroco propriamente estilo Rocaille e o altar Mor, estilo D. Maria. A capela de Nossa Senhora da Conceição, capela de estilo moderno, construída em 1968, no local onde existia uma outra capela pertença do morgado Lucas Guedes Pinto, com muito valor histórico ou, pelo menos, pela sua antiguidade, foi construída em 1872. Igreja Matriz construída pelo actual pároco Padre Sebastião Esteves, cuja sagração se celebrou a 21 6 1992, de cujo complexo consta um amplo Centro Paroquial com oito salas de catequese, um bar e um grande salão polivalente, adaptado a cinema e teatro. A Igreja é de linhas modernas, sóbria nos seus contornos assimétricos, com um amplo presbitério muito bem conseguido para qualquer acto litúrgico. Teologicamente está centrada na ressurreição de Jesus. No topo granítico, se levanta a imagem de Cristo, a que chamamos Salvador do Mundo que condiz com o orago da paróquia. O tecto, pintado em azul cor do céu, em armadura metálica, está decorado com uma pleia de lâmpadas, que querem simbolizar os santos, com a Igreja militante, que ora medita nas bancadas de castanho e mogno. É digna de uma visita minuciosa, embora o tecto choque um pouco certas pessoas habituadas ao estilo clássico das igrejas. Esta Vila teve como barão, Pedro António Machado Pinto de Sousa que nasceu a 1 10 1772 e faleceu a 13 5 1831 algures em Trás os Montes, tendo mais tarde sido Conde de Arcossó. Existiu ainda outro conde e uma condessa. O primeiro foi António Teles de Meneses, 8.° senhor de Unhão do concelho de Felgueiras, pelos serviços prestados ao reino como governador do Brasil e Vice Rei da índia. Veio a morrer na índia em 1657. O título foi herdado por D. Joana Maria de Castro que veio a falecer em 1736. A Igreja de Vila Pouca foi comenda rendosa da Ordem de Cristo, dada por Filipe Il em 15 5 1608 ao seu ministro e escrivão da índia Luís de Figueiredo Falcão. Vreia de Bornes: Situada a Oeste da Serra da Padrela a 9 Km da sede do concelho, tem uma superfície de 26,88kml e tem uma população de 771 habitantes e 274 famílias. Écomposta por 4 aldeias cada uma com uma capela dedicada ao seu padroeiro; Eiríz sede de freguesia cujo orago é N. Sra. da Natividade; Soutelinho, São Bartolomeu; Barbadães de Cima, São Catarina e Barbadães de Baixo, São Miguel. O seu topónimo parece vir do latim (Vereda) o que seria um caminho (possivelmente uma estrada romana). A criação desta paróquia deve ser posterior ao século XIV ou XV, sendo portanto uma criação recente. Antes desta época, as povoações aí existentes, pertenciam à freguesia e Borres, pois todas elas são nomeadas nas inquirições de 1220, estando todas incluídas na paróquia de S. Martinho de Bornes, á excepção de Soutelinho Souto+elo =Soutelo=Soutelo+inho, talvez por ser algum lugarelho das “Villas” próximas ou por pertencer a algum personagem isento. Certamente que estes povoados ou “Villas” são anteriores à nacionalidade, pois os seus nomes parecem ser de origem antroponímica, isto é, tomaram o nome dos seus donos; Eiríz parece ter origem no nome de um tal Euricus, seria do século IX X; o mesmo se diga de Barbadães. Nas referidas inquirições fala se em”Santa Maria de Verea”. Portanto aqui existia um santuário importante a Santa Maria, possivelmente Nossa Senhora da Natividade, a qual iria dar origem à nova paróquia que tem por orago a mesma senhora da Natividade. As povoações de Barbadães de Baixo e Sabroso obtiveram forais; a primeira em Março de 1255 e a segunda em Julho do mesmo ano. Sabroso tomou se independente, com sede própria. em 1993, continuando ligada à mesma como paróquia, sendo o único caso no concelho de Vila Pouca de Aguiar. Vreia de Jales: Situada num planalto do mesmo nome, dista 10 km da sede do concelho, com uma superfície de 48km2. É composta por seis aldeias, todas elas com capelas próprias com os seus padroeiros, a quem fazem a respectiva festa; Vreia de Jales é a sede de freguesia, cujo orago é Nossa Senhora da Assunção. O topónimo tem origem de “Vereda”, caminho ou via importante, com o determinativo de Jales, para se distinguir da Vreia de Bornes. Esta freguesia é posterior ao século XIV e XV. Fazia parte da paróquia de São Miguel de Trêsminas, cujo vigário era apresentado pelo reitor de São Miguel. Nas inquirições de 1220 são nomeadas as povoações de Quintã de Jales, Raíz do Monte e Santa Maria de Jales, que era o local onde hoje está Vreia de Jales sede de freguesia, como ” Villa” pertencente a Trêsminas. Não se inclui o lugar de Campo pois alguns anos antes, em 1213 tinha recebido foral de D.Rodrigo tenente de Panoias com o beneplácito do rei D. Afonso III, depois de ter ouvido D.Garcia Mendes abade de S.Miguel e os fidalgos cavaleiros Miguel Martins e Soeiro Martins e ainda João Varela e Martins Varela. Os lugares de Quintã e Raíz do Monte são anteriores à nacionalidade procedendo de “Villas” ou quintas antigas, pertenceram ao concelho de Alfarela até à sua extinção em 31 12 1853, passando depois a pertencer ao concelho de Vila Pouca de Aguiar. No lugar de Campo de Jales foi explorado o ouro das minas de Jales cujo começo se perde na história, visto que vem já desde o tempo neolítico as terras da península sobretudo da Galiza e Norte de Portugal que eram conhecidas pelas riquezas do estanho e do cobre. Mais tarde apareceram a prata e o ouro que os romanos foram explorando, cujo produto fazia parte da enorme riqueza dos imperadores romanos. Estes deixaram por cá rastos, como uma fivela de bronze, uma bola de chumbo, picos de ferro, uma roldana de madeira e um pedaço de couro pertencente a um colete ou casaco, um vaso de barro ornamentado contendo o nome do oleiro que o fabricou “JULLIUS” e a oficina onde foi construído “MANTAS”, possivelmente no século I AC. Todo este material estava depositado num dos escritórios da empresa, que, com o encerramento, passou para a posse da Câmara Municipal. Nessas minas explorava se ouro entre 35 a 40 Kg por mês, as galerias atingiam a profundidade de 720 metros com 10 pisos. Empregava cerca de 200 operários e foi extinta em 1992.
Heráldica das Terras de Aguiar: A heráldica é a arte de esculpir ou desenhar, como se uma escrita fosse, os brasões de armas de pessoas nobres. São as figuras simbólicas de objectos, animais, plantas, etc que nos falavam das famílias que representavam: Cardos = famílias dos Cardosos; Machados = Famílias dos Machados, etc. Começaram a aparecer pelo século XII mas já anteriormente se usavam símbolos para identificar certas famílias de sangue. Segundo um trabalho de pesquisa realizado pelo João Vila Nova a família dos Machados está na origem de toda a árvore genealógica de toda a nobreza de Vila Pouca de Aguiar. Quem quiser aprofundar este estudo poderá ler o opúsculo ” Mui Nobre e Ilustre Terra de Aguiar” produzido pelo Dr. António Gil em parceria com o João Vila Nova edição da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar 1991. Aqui, por falta de espaço apenas enumeramos as casas brasonadas do concelho. Brasão do Concelho Timbre: coroa mural de 4 torres (nome de uma coroa que davam, nos exércitos romanos, ao 1.° soldado que salta as muralhas da fortaleza. As coroas murais mudaram de significado, servindo agora para encimar as armas das povoações, províncias e até estados. Escudo esquartelado; Chefe águia estendida; Contra chefe duas abelhas ladeando 3 espigas atadas com 2 cômoros e um rio. A águia tem a ver com a toponímia de “Aguiar”. As abelhas são o símbolo do labor, da provedência e da actividade. As espigas significam a abundância. O rio em Heráldica significa direito de passagem. Aqui simboliza a situação geográfica Vila numa encruzilhada de caminhos, hoje estradas. Casa do Condado dos Ferreiras Botelhos de Vila Pouca de Aguiar; Sousas Machados, morgados de Santa Clara em Montenegrelo; Sousas Machados Fontes na freguesia de Soutelo de Aguiar; Machados de Sabroso, morgados de Santa Bárbara, morgados de Santo Amaro e morgados da senhora do Loreto em Sabroso de Aguiar; Borres de Aguiar Machado senhores do solar da freguesia de Santa Eulália de Pensalvos; Sousas Machados Canavarros, senhores da casa de Escrivães de Nuzedo e da Capela da senhora da Lapa em Vila Pouca de Aguiar; Martins Aguiar, morgados de Nossa Senhora do Rosário da Casa do Cabo da freguesia de Santa Eulália em Pensalvos; Sampaio Canavarro Carneiro Teixeira, morgado da capela de Santa Ana da casa de Capeludos de Aguiar; Morgados da Capela de Santo António da casa da Freixeda de Capeludos; Almeida Chaves, Morgados da capela de S.José da casa da Lage na freguesia de Capeludos; Solar da casa da Tapa senhores da capela do senhor em Vila Pouca de Aguiar; Solar da Boaventura em Carrazedo da Cabugueira; Solar dos Borges Leite em Lagobom Freguesia d Borres; Sousas Machados, juizes dos órfãos de Vila Pouca de Aguiar e Visconde de Santa Marta de Penaguião em Vila Pouca de Aguiar; Sousas Pintos Guedes Mourão Morgados da capela de S. António de Sanhoame em Santa Marta de Penaguião e Morgados da capela de Nossa Senhora da Conceição em Vila Pouca de Aguiar; Sousas Guedes Pinto Taveira Morgados da capela de São Bento na Rua Direita em Vila Pouca de Aguiar; Sousas Machados Morgados da capela da Nossa Senhora da Conceição em Cidadelha de Aguiar; Machados Pintos Morgados de Nossa Senhora do Desterro em Borres de Aguiar; Bahias de Miranda morgados de Nossa Senhora da Piedade em Vila Pouca de Aguiar; Sousas Morais Machados Pinto Morgados de Vila Meã de Bornes; Gonçalves Carvalhos Sousas Machados Mourão Ferreira Senhores da casa de Campo na Vreia de Jales; Aguiar Borges Mourão Ribeiro morgados de Nossa Senhora do Porto e Nossa Senhora dos remédios em Quintã de Jales na freguesia de Vreia de Jales; Meireles Pinto Araújo Andrade Morgados da Capela de Santo António na Ribeirinha, freguesia de Trêsminas; Sousas Magalhães de Madureira e Castro morgados de S. José de Eiriz na freguesia de Vreia de Borres
Nota: Todas estes brasões podem ser vistas “in loco” nas povoações referidas à excepção da senhora do Loretto de Sabroso, pois terá sido vendido e deslocado para outro local.
P.e Dr. Sebastião Esteves

In iii volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses,
coordenado por Barroso da Fonte, 656 páginas, Capa dura.
Editora Cidade Berço, Apartado 108 4801-910 Guimarães – Tel/Fax: 253 412 319, e-mail: ecb@mail.pt

Preço: 30 euros

(C) 2005 Notícias do Douro

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