Ilustres

BARREIRA, João Baptista

Nasceu em Chaves, em 1866 e faleceu em Oeiras (Paço de Arcos), em 1961. Formou-se em Medicina pela Escola do Porto e seguiu a modalidade de Psiquiatria. Interessou-se pela Estética e pela História de Arte, tendo leccionado essas cadeiras na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Estagiou em Paris. Em 1885 ingressou no Clube de propaganda Democrática do Norte. Foi um dos fundadores, em 1887, da Sociedade Carlos Ribeiro que editou a revista de Ciências Naturais (de que saíram 5 volumes). Foi deputado às Constituintes de 1911. Em 1904 iniciou a carreira de professor que exerceu até 1936. Também foi colaborador de Mocidade de Hoje, publicação em que colaboraram, entre outros: António Nobre, Sampaio Bruno, Baslio Teles e Heliodoro Salgado. Traduziu entre outros, os seguintes autores: George Stand, Flaubert (Madame Bovary) e Barbey d’Aurelly. Inseriu-se na linha do decadentismo-simbolista. É considerado o primeiro criador do “poema em prosa”, em Portugal com o livro de poesia intitulado: Gouaches, tendo influenciado os primeiros simbolistas brasileiros. Alberto de Oliveira, na Revista de Portugal, (vol. 4, pp. 282 e segs.), criticando Gouaches, considera a “prosa poética” de João Barreira, tal como a obra de outros autores decadentistas–simbolistas “difusa e delicada” e condena o seu “tom de artifício”. Além de Gouaches (Lx. 1892-ficção), publicou: A morte do imaginário (novela poética, Lx. 1923); e A Rota do Bergantim e Outras Alegorias (Lx. 1947). Consta no livro: Médicos na toponímia de Lisboa, de Luís Silveira Botelho, editado pela Câmara de Lisboa.

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