Ilustres

CAETANO, Inácio de S.

Nasceu em Chaves, em 31 de Julho de 1719 e faleceu em 29 de Novembro de 1788, presume-se que envenenado por seus rivais. Seus pais eram de condição modesta e quiseram orientar os cinco filhos que Deus lhe dera para a vida religiosa. O filho Inácio não estava na intenção de lhes fazer a vontade e por isso assentou praça no Regimento de Infantaria de Chaves, pensando seguir a tropa. De repente tomou o rumo de Salamanca, com ideias de frequentar a Universidade. O pai não gostou e intimou-o a regressar para iniciar estudos, com vista a seguir a vida religiosa. Em 6 de Janeiro de 1746 professa no Convento Carmelita de N.a Sr.a dos Remédios, em Lisboa. No Colégio de S. José da Universidade de Coimbra prosseguiu o curso Teológico, durante seis anos. Entretanto foi nomeado Professor num colégio daquela Ordem, em Braga. Em 1756 transfere-se para o Convento de Pastrana que o enviou para o Convento de Carnide. Por essa altura o Marquês de Pombal atira-se aos Jesuítas. Mas Frei Inácio que também não alinhava com os seguidores da Ordem de Santo Inácio de Loyola, passa a merecer as graças da Princesa, D. Maria Pia que por morte do Pai, sobe ao trono. Em 1780 o Marquês de Pombal cria novas dioceses e, em recompensa do apoio, nomeia bispo de Penafiel, Frei Inácio de S. Caetano. Contudo a Rainha já se afeiçoara à maneira de ser do frade Flaviense e, faz com que, seja nomeado arcebispo de Tessalónica, para que possa ser o seu confessor privativo. Com a morte de D. José e a ascensão de D. Maria Pia ao trono, o bispo Flaviense ganha estatuto privilegiado da corte. Além de confessor, passa a ter funções ministeriais, tornando-se o omnipotente, junto da rainha. Essa sua enorme influência terá estado na origem do envenenamento que o subtraiu ao número dos vivos. Apesar da importância de que se viu rodeado, nunca passou de um homem simples, de um Prelado zeloso e de um político justo e isento. A Câmara de Chaves consagrou o nome deste ilustre Filho numa rua da cidade. De facto D. Frei Inácio de S. Caetano, para além de tudo o que já se disse, foi apresentado na cadeira episcopal de Penafiel, em 5 de Março de 1770. Foi confirmado por Clemente XIV no ano seguinte, sendo sagrado em 10 de Novembro. Viria a renunciar em 11 de Dezembro de 1778. A bula que aceitava a sua resignação, dava por extinta a diocese de Penafiel que o tivera (a Frei Inácio) como único titular. Foi após essa resignação que foi nomeado Arcebispo de Tessalónica. Depois disso a Rainha ainda o fez inquisidor-geral do reino, de que tomou posse em 16.3.1787. E em 25 de Junho seguinte, nomeou-o ministro assistente ao despacho.

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