Ilustres

CANEDO, João António Teixeira

Nasceu em Montalegre, em 17.5.1928 e faleceu em Lisboa, em 16.9.1993, vítima de doença incurável. Era licenciado em Direito e, antes de ser Presidente da Câmara da sua Terra, advogou. Foi presidente da Câmara entre 1960 e 1972, membro da Câmara Corporativa, Deputado à Assembleia da República, Notário Privativo da Câmara Municipal de Lisboa. Ficou, sobretudo, conhecido, quer como autarca, quer como advogado ao vencer a questão jurídica que obrigou a Hica (Hidroeléctrica do Cávado) a pagar àquela autarquia, quer um montante (mais de uma dezena de milhares de contos, de uma só vez) quer uma quota anual elevada, verbas que permitiram fazer do mais atrasado concelho de Trás-os-Montes, um dos mais desenvolvidos em estruturas básicas (estradas alcatroadas, saneamento básico, água canalizada, escola, luz eléctrica). Era filho do Dr. António Augusto Canedo (o mais influente político da época na região) e tal como o pai também ele sempre foi um seguidista fiel das directrizes do regime. Daí que tenha caído em desgraça, perante aqueles que ele arregimentou, quando a câmara socialista o agraciou com a atribuição de uma simples medalha de mérito municipal. É essa a leitura que se faz no Povo de Barroso, de 30.9.1993. Durante um almoço que houve no dia em que o executivo “comprou” alguns munícipes e que teve lugar numa escola secundária da vila, João Canedo fez um discurso que escandalizou quem ali foi para o ouvir, após um longo período de ausência, em Lisboa. Foi pena que se rendesse por tão pouco, para espanto de muitos. Reconheça-se-lhe, contudo, um período de progresso, nunca, visto e raramente imaginado. Barroso deve-lhe uma estátua, apesar da sua viragem ideológica na fase terminal.

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