Ilustres

COELHO, Gonçalo

Nasceu em Chaves, ordenou-se sacerdote e chegou a abade do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, em Pitões, do concelho de Montalegre. Foi nomeado para as funções de pároco de Pitões e de Cela (na Galiza), em 5 de Fevereiro de 1499. Embora natural de Chaves fizera-se monge beneditino em Santo Tirso e desde muito novo teve fama de santidade. Exactamente porque morreu enregelado, no dia 2 de Fevereiro de 1501, no caminho entre as duas freguesias, perto da Fonte Fria, em pleno Gerês. Ia rezar missa e ficou bloqueado pela neve e pelo frio. Os paroquianos, logo que deram pela sua falta foram ao encontro dele e ficaram atónitos com o estado em que o encontraram: de joelhos, enterrado na neve, olhos fixos no céu e com os braços em cruz. Levaram-no para o Mosteiro, em cujo adro o sepultaram. Durante séculos, muita gente, quer de Espanha, quer de Portugal, ali acorreu para rezar junto ao túmulo. A cabeça do frade santo, ainda no fim do séc. XIX era venerada na igreja daquele ermo convento, hoje em lamentável ruína. Uma tradição local diz que Frei Gonçalo Coelho previra a morte e que a anunciara na véspera, durante a missa. Diz a mesma lenda que os sinos das freguesias que paroquiava (Cela e Pitões) tocaram afinados, sem que alguém o fizesse.

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