Ilustres

CLARO, António José

Nasceu em Vila Real, em 1863. Morreu na Foz do Douro, em 11.9.1931. Formou-se em Direito, foi jornalista, escritor, propagandista republicano e um dos conjurados da revolução do Porto de 31.1.1891. Em 1887 termina em Coimbra, o curso de Direito. Tentou a advocacia em Vila Real. Mas não lhe garantia o sustento e por isso tentou o Porto. Um dia teve que defender o jornalista João Chagas pelo abuso de liberdade de imprensa. E foi de tal maneira forte a sua argumentação que o arguido foi, praticamente ilibado. Essa sua defesa viria a repercutir-se na cidade, a ponto de logo ser convidado a integrar a comissão da revolução republicana do 31 de Janeiro. Fracassada a revolução fugiu para Espanha. Mais tarde tentou chegar ao Porto de Leixões e embarcar para o Brasil no Ibéria. As autoridades ainda tentaram capturá-lo. Mas os comandos do navio, alegando que dentro do barco estava sob protecção inglesa, não conseguiram detê-lo. Chegou ao Rio de Janeiro, onde foi bem recebido. Após algum tempo, teve saudades da Terra e sujeitou-se a regressar. Aportou em Vigo e daqui passou ao Porto, apresentando-se no Quartel General. Recolheu à cadeia até ser julgado e acabou por ser absolvido. Retomou a advocacia. Passou então a escrever e saiu o 1.° volume com o nome de O Pelourinho, onde abarcava o período histórico de Portugal, entre 1817 e 1904. Ao mesmo tempo passou a escrever para jornais, como: Voz Pública. Já depois da proclamação da República e juntamente com outra grande figura da época. José Pereira de Sampaio Bruno, lança o Diário da Tarde. Depois foi suspenso e passou a sair um novo jornal: O Porto, logo mudado para o Diário do Porto. Seguiu-se novo período de desilusões com a política e em 1912 regressa ao Brasil. Aí passa a escrever em O País e também para o Jornal do Comércio, sendo convidado para a Direcção do Gabinete Português de Leitura. Em 1920 publica o livro: Brasil Político. Em 1921 regressou a Portugal. Em 1924 escreveu: memórias de um vencido. Em 1926 foi surpreendido com o convite do general Gomes da Costa para gerir a pasta do interior. Pouco depois era nomeado Presidente do Conselho Superior de Finanças.

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