Nasceu em 3.11.1867, em Vila Pouca da Aguiar, falecendo em 11.10.1933, em Lisboa. Casou com Josefina Alves de Miranda, natural de Boticas, de quem teve sete filhos: Isabel, Lucimar, Lino, Oto, Valter, Emanuel e Josefina. Concluídos os estudos emigrou para o Brasil, fixando-se em Manaus, em pleno Amazonas. Dedicou-se à exploração e comércio da borracha. Chegou a ter um barco próprio para transporte da borracha, através do Rio Amazonas e da zona costeira do Brasil. Nessas suas incursões foi aprisionado por uma tribo de aborígenes que, em casos semelhantes, condenavam à morte. Lino Aguiar soube dar-lhes a volta e fazer a sua amizade. Em Manaus abriu uma grande livraria, papelaria e uma tipografia, onde passaram a imprimir-se as obras do Estado e todo o tipo de livros que muito contribuiram para o desenvolvimento cultural da região. Entretanto radicou a Família em Lisboa, numa boa Casa da Av. da República, n.° 89, (em reconstrução em 1997), para que os filhos pudessem estudar. Sempre que ele vinha a Portugal, pegava na Família e subia até Boticas, terra da esposa. Aí acerta com o cunhado, Avelino Alves Miranda, a compra do Lameiro onde nascem as águas de Carvalhelhos, pois o seu dono dizia que essas águas eram santas, já que ele próprio fora curado de umas feridas que tinha. Eram duas fontes: à primeira chamou Luci (diminuitivo do nome de sua filha Lucimar), à segunda chamou fonte Estella, nome de sua sobrinha (filha do cunhado). Pediu o alvará de concessão mineira que lhe foi passado, com data de 21 de Agosto de 1915, em seu nome (Lino Joaquim de Almeida Aguiar). Nesse mesmo ano começaram a ser engarrafadas e exportadas para o Brasil, Ultramar e Venezuela. Nos primeiros tempos, em 1931, foram hipotecadas ao Crédito Predial Português, devido à crise económica no após guerra 14/18. De 1931 a 1940 a venda estagnou. Mas em Janeiro de 1941 formou-se, em Vila Real, a Empresa Caldas Santas de Carvalhelhos, Ld.a que adquiriu àquele Banco a concessão, autorizada por novo alvará, de Maio de 1942. Desde aí até aos nossos dias aquela empresa termal, conheceu diversas administrações e concessionários. Mas a verdade é que foi o Transmontano Lino Aguiar que primeiramente apostou na sua compra e exploração. Para assinalar o sucesso dele a Câmara de Chaves invoca-o numa Rua da cidade.
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