Ilustres

BAPTISTA, Manuel José Afonso

Nasceu em Vila da Ponte, concelho de Montalegre, em 1 de Fevereiro de 1889. Em 1900 foi estudar para Braga, no Seminário de S. Luís e St.’ António. Em 6 de Outubro de 1906 transita para o seminário dos Apóstolos do Campo de S. Tiago, começando a Teologia. Concluiu com alta classificação em 1909, apenas com 20 anos de idade. Élogo nomeado flâmulo do Arcebispo de Braga, D. Manuel Baptista da Cunha. Em 12 de Novembro de 1911 é ordenado sacerdote e no dia seguinte celebra a sua primeira Missa na Capela do Parto, onde hoje existe o Museu D. Diogo de Sousa. A 7 de Fevereiro de 1912 vai para Paradela de Águeda, para o exílio, juntamente com o seu Bispo que em 13 de Maio de 1913 lhe morre nos braços, em Vila do Conde. É depois colocado na freguesia de Veade, concelho de Montalegre, onde permanece apenas cinco meses. A 13 de Julho de 1913, dois meses depois da morte do Arcebispo, após a cerimónia religiosa em que participou em sua honra, foi preso na Igreja do Castelo em Montalegre e detido, por algumas horas na cadeia local. Em 9 de Setembro seguinte morreu o seu tio padre que paroquiava Vila da Ponte, vindo ele a ser nomeado seu substituto, em 27 de Novembro desse ano. Em 1936 foi escolhido para professor de Moral do liceu de Chaves. na altura chamado Fernão de Magalhães. Aí prestou serviço sete anos. Faleceu na terra em que nasceu e paroquiou, em 22 de Junho de 1949, com 60 anos de idade. Foi um dos mais notáveis oradores da sua época, havendo quem o compare ao P.e António Vieira. Chamavam-lhe o «Leão de Barroso». Ele enchia o púlpito, escreveu João Rodrigo (outro Barrosão ilustre que o conheceu). « A sua figura hercúlea, volumosa, de voz quente e forte, de gesto largo e expressivo, acompanhando o olhar e a palavra, convicto sempre do que dizia, colhia o auditório, prendia-o, arrebatava-o. Ele era luz, calor, fogo». Era apaixonado pela literatura, pois « tinha a maior biblioteca eclesiástica da diocese. Lia regularmente quatro diários: Voz, Novidade, Comércio do Porto e Primeiro de Janeiro. Também lia o semanário a Ordem e revistas, como a Brotéria. Era, além, disso um coleccionador de moedas. Enfim, passou a vida lendo, rezando, pregando, fazendo bem. Escreveu o livro: Monsenhor José Fernandes Lopes -Elogio Fúnebre (1932).

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