Ilustres

BÓBEDA, Visconde de

Chamou-se Joaquim de Sousa Quevedo Pizarro, nasceu em Nov. de 1777 e faleceu em 23.4.1838. Foi fidalgo-cavaleiro da Casa Real por sucessão (alvará de 10.12.1792). Alistou-se como cadete no regimento de Cavalaria de Chaves, em 27.2.1791, de onde passou a servir no corpo da Armada. Concluiu estudos matemáticos na Real Academia de Marinha. Foi promovido a guarda–marinha em 24.11.1794, a 2.° tenente em 7.9.1796, a 1.° tenente em 27.7.1799, a capitão-tenente em 27.7.1813 e, por distinção, foi promovido a capitão de fragata graduado, em 17.10.1817. Participou na campanha do Mediterrâneo e na expedição a Tripoli, sendo louvado pela sua boa prestação. Em 1816 acompanhou no Brasil, do Rio de Janeiro para Santa Catarina, a divisão de Voluntários reais de el-rei. Dali seguiu para Montevideu, onde foi encarregado do Comando da Marinha, da Capitania do Porto e da Inspecção do Arsenal Real, até Abril de 1818. Em 27 de Agosto transitou para o exército com o posto de tenente-coronel. Logo depois foi graduado em coronel adido ao Estado Maior do Exército do Brasil. Em Junho de 1822, por parecer do Conselho de Estado, passou para o governo das Armas da província do Espírito Santo. Desempenhou ainda o cargo de ajudante de ordens do capitão-general do Maranhão, General Bernardo da Silveira. Foi promovido a coronel efectivo, em 5.11.1818. Finalmente foi reformado, em 18.6.1827 com o posto de Brigadeiro. Encontrava-se, em 1828, como governador da Praça de Chaves, quando se deu a revolta do Porto. Avançou, então, com dois esquadrões de Cavalaria e apresentou-se à Junta do Porto que o nomeou 2.° comandante da chamada Divisão Volante. Participou nos combates da Cruz de Morouços e do Vouga. Em 2 de Julho assumiu o comando da Leal Divisão do Porto que conduziu à Galiza, depois de bater em Braga as tropas realistas, que sob o comando do coronel Raimundo José Pinheiro tentavam impedir a sua passagem. Da Galiza passou à Inglaterra e em 1829 participou na expedição que se dirigiu aos Açores, sob o comando do General Saldanha. Como essa expedição não pôde acostar na Terceira, devido à oposição dos navios ingleses, seguiu para França e ancorou no porto de Brest. Só em 1831 conseguiu chegar aos Açores. Em 2.7.1831 foi nomeado ministro da Guerra, Marinha e Estrangeiros da Regência. Veio a ser exonerado desse cargo em 3.3.1832. Participou no contigente de tropas que desembarcou no Mindelo, em 5.8.1832 e regressou ao activo, com a sua nomeação para governador das Armas da Província de Trás-os-Montes, funções que desempenhou até 27.5.1834. Em 1.7.1837 voltou a ser nomeado ministro da Guerra e interino da Marinha e do Ultramar. Foi durante esse período que foi promovido a marechal de campo. Recebeu as mais importantes condecorações e louvores. Morreu solteiro, mas legitimou uma filha: D. Constança de Sousa. O título foi-lhe concedido por Decreto de 28.9.1835 e Carta de 9.2.1837 de D. Maria II.

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