Ilustres

BORGES, António Eurico Esteves

Nasceu em Chaves, em 15.6.1950. Fez o curso liceal e preparou-se para ingressar em Belas-Artes. Mas as contingências da vida cedo puseram à prova as suas capacidades de sobrevivência. Das várias actividades que experimentou sobressaíram a pintura e o jornalismo. Em 1968 viveu em França. Em 1969 trabalha no Porto e nos dois anos seguintes em Lisboa. De regresso a Chaves, em 1972, pinta e faz jornalismo, passando a ser o chefe de redacção do Notícias de Chaves. Aproveita para fazer teatro, ensina jornalismo e faz as primeiras exposições de pintura na sede do Grémio do Comércio. Participa em colectivas no Mercado Ferreira Borges, no Mercado do Povo em Lisboa e desfila por algumas galerias da vizinha Espanha, onde tinha sido distinguido com o Prémio Nacional do Ministério do Turismo. Em 1976 e 1977 corre as principais cidades espanholas, em exposições cujo êxito se repete. Em 1979 passa a viver na Holanda, vivendo para a pintura. É um período de glória artística. Em 1980 regressa a Portugal. Participa na Bienal de Cerveira. Volta ao estrangeiro, desta vez à Alemanha. Novos sucessos, até 1983, percorrendo as principais cidades e galerias de arte. A imprensa da especialidade exalta-o. Volta a Chaves. Aí aceita os convites da Câmara para organizar a I Bienal da Arte Jovem de Chaves. Corre tão bem que a experiência se repete, por mais duas edições, na última das quais é ele o patrono, por opção municipal. Em 1986 é convidado pelo vereador da Cultura da Câmara de Guimarães a ligar-se àquela autarquia, na área cultural. Propõe ao vereador, também ele transmontano, a realização de uma bienal de arte. A proposta foi aceite e um e outro puseram em marcha a Euroarte, possivelmente, o maior acontecimento de artes plásticas, até então realizado em Portugal. Foi em 1989 e custou cerca de sessenta mil contos, o que permite ajuizar da grandeza do projecto que o executivo seguinte deixou perder. Já como técnico cultural, com vínculo ao município, pediu a transferência para a Câmara de Chaves, a qual foi aceite. Aí trabalhou cerca de dois anos, sempre ligado a bienais e a movimentos de cultura viva, incluindo a organização de uma bienal de arte, em Moreira da Maia, a convite da Autarquia. Em 1996 radicou-se em Madrid, onde concluiu o curso de Arte Actual do Círculo de Belas-Artes.

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