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Bairrismos

De quando em vez
Todos nos somos bairristas
A nossa terra -Vila Real tem pelos seus naturais um carinho difícil de definir pela saudade
que neles inspira.
Assim , pela nossa freguesia , pela nossa rua , pelo Bilas( Clube de Futebol) quantas vezes
nas nossas curta estadias na Bila a titulo de conversa de café temos assistido a discussões
acesas, sobre aquilo que defendemos ou gostamos , sobre o que nos identifica , ou sobre o
que queremos que seja o melhor , que tenha os melhores resultados, ou que sejam os mais
bem sucedidos.
Isto nada tem de mal .Reflete identidade , perspetiva , ambição , tem subjacente uma
vontade intrínseca de melhorar sempre algo, seja de desenvolvimento socioeconómico ou
até cultural.
Desperta a atenção dos mais distraídos abortos numa realidade diferente, que ás vezes
lhes passa ao lado.
Ser bairrista não é necessariamente mau, é por vezes uma vontade de defendermos algo
que em nosso parecer poderá ser útil á comunidade em geral.
Porém ser bairrista não deve implicar estarmos sempre contra os outros, invejar o que os
outros têm ou até copiar aquilo que outros ambicionam. Pelo contrário ser bairrista é afirmar
a diferença a virtualidade de que defendemos e com isso encontrar o equilíbrio que
determina a identidade individual fazendo-a valer perante os outros. E evidente que isto
nem sempre é fácil, esta defesa constante exigente é necessária , útil, mas nunca pode ser
egoísta ,cega e limitadora ou impeditiva do equilíbrio e coesão da Bila e restante região.
Assim , quando falamos nas necessidades de infraestruturas básicas ao desenvolvimento
regional, como a construção onde aeroportos a partir de alguns aeródromos regionais ou a
reativação das linhas férreas move-se só a intenção de melhor acessibilidades á região ,
melhorar o seu – Malus vivendi- de uma forma equilibrada e sustentada .
Enfim tudo o que acima referimos dava para uma tese de um estudo que há muito deveria
ser feito relativamente ao problema demográfico de Trás-os-Montes uma das grandes dor de
cabeça das populações envelhecidas as pequenas aldeias que continuam cada vez mais a
ter menos habitantes.
A desertificação continua e as promessas também.
Deus nos ajude e não se esqueça da Bila.
São os meus sentidos votos.
Mário Lisboa

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