Ilustres

FRANCISCO GOUVEIA, Engº

Francisco Gouveia, nasceu no Porto a 2 de Fevereiro de 1953, tendo, contudo, as suas origens na pequena aldeia duriense de Pinheiros, no concelho de Tabuaço, onde passou parte da infância. Aos 12 anos começou a estudar guitarra, instrumento que aprendeu quase como autodidacta. Datam dessa altura, também, os seus primeiros escritos, alguns publicados no jornal do Liceu Alexandre Herculano onde fez o ensino liceal. De seguida, cursou engenharia civil na Faculdade de Engenharia do Porto, onde acabaria por se licenciar. Nessa época era assíduo nas tertúlias académicas e culturais da cidade, onde se relacionou com muitos músicos, escritores e intelectuais. Pelo meio fica a sua actividade como professor e maestro, tendo dirigido a secção musical da Escola de Música da Ala Nun’Álvares de Gondomar, onde fundou e dirigiu uma orquestra de cordas, integralmente constituída por alunos dessa escola e que, na época, atingiu alguma notoriedade. Colaborou também na fundação de vários jornais académicos, para os quais escreveu e que, por motivos da apertada política daquele tempo, acabaram por desaparecer. Nessa altura começa a escrever para teatro, incentivado pelo mestre encenador, Santos Durães, do Teatro Experimental do Porto, que foi seu professor num curso que ali frequentou em 1976. Depois da formatura em Engenharia, continuou a manter a sua actividade musical e literária, tendo então abraçado uma antiga paixão musical: a guitarra portuguesa. Como instrumentista viria a publicar um álbum de originais em 1988: “Uma guitarra sobre o rio”, dando início a uma carreira como concertista actuando em vários palcos nacionais. Entretanto, e paralelamente, foi exercendo a profissão de engenheiro civil, destacando-se na Administração Pública, onde desempenhou vários cargos de direcção na área municipal e, aproveitando os seus conhecimentos de planeamento territorial, elaborou alguns estudos sobre a região duriense, a maioria publicados na imprensa regional. Colabora como cronista e noticiarista em vários jornais e revistas regionais, mas também, e principalmente. Como escritor, as suas primeiras obras versam a temática duriense, a sua ambiência e história. Na sequência de um prémio obtido num concurso de contos levado a efeito pelo Jornal de Notícias, decide escrever com mais assiduidade. Assim, numa periodicidade de uma obra por ano, edita os seguintes trabalhos: A Lenda do Douro (novela de 1997), Há Névoa no Rio (contos de 1998), As Escadas do Céu (romance de 1999), Livro dos Poemas Pobres (poesia em 2000), Pietà (romance em 2000), Meiga, como a voz da montanha (contos de 2002), O Jardim Secreto (romance de 2003), Trás-os-Montes, Trá-los Cá (poesia em 2004), Esboços Durienses (memórias, em 2006). Como jornalista, mantém uma colaboração semanal nos jornais Notícias do Douro, Voz de Trás-os-Montes e em várias revistas regionais. Ainda como músico, há mais de 20 anos que é frequentador assíduo da oficina do mestre luthier Domingos Martins Machado onde se iniciou na execução dos cordofones populares portugueses, nomeadamente a viola braguesa, o cavaquinho, a requinta, a toeira, efectuando anualmente vários recitais sobre aquela temática, bem como de guitarra portuguesa e guitarra acústica (country style). Recentemente dedica-se à composição musical sinfónica, sendo autor de várias peças orquestradas.
É sócio da Sociedade Portuguesa de Autores, membro da Associação Portuguesa de Escritores, da Academia de Arte e Letras de Trás-os-Montes, entre outras.

Artigos Relacionados

Botão Voltar ao Topo

Adblock Detectado

Por favor desative o Ad Blocker neste site