Ilustres

ÁLVARES, José Adão dos Santos

Nasceu no Cortiço, concelho de Montalegre, em 6.4.1814. Seu pai, o Dr. José dos Santos Dias, também natural do Cortiço, era médico municipal e director das Caldas dos Gerês. Foi ainda Administrador e substituto do concelho de Montalegre. Entrou, como exposto, no Colégio dos Orfãos de S. Caetano, em Braga, no dia 26.11.1826. Saiu em Julho de 1832. Foi um aluno distinto. Recebeu ordens menores na Igreja de St.a Cristina da Ramalhosa, Diocese de Tuy, conferidas pelo Bispo desta Diocese, D. Francisco Garcia Casarubias Y Melgar. Recebeu ordens sacras entre 16 e 19 de Março de 1839, conferidas por D. Pedro de Alcântara Gimanez, Bispo de Lima, Governador “sede vacanta” e bispo eleito de Cidade Rodrigo. Em 25.4.1839 foi nomeado pároco encomendado de S. Vicente da Chã e por decreto de 8.8.1839 foi nomeado pároco da mesma freguesia, colando-se a ela em 10.1.1840. Foi nomeado arcipreste de Montalegre em 17.10.1848 e foi-lhe dada a seu pedido a exoneração, em 18.8.1874. Em virtude de certas declarações feitas à hora da morte por D. Pedro de Alcântara, alguns Teólogos julgaram nulas as ordens por ele (D. Pedro) conferidas a muitos ordinandos Portugueses, pelo que tiveram de as repetir. Um desses que as repetiu foi o P.e José Adão dos Santos Álvares, o que fez em segredo e “sub conditione”, sendo-lhe conferidas em Julho de 1854 pelo Bispo de Lamego, D. José de Moura Coutinho. Foi professor (particular) de Latim, em S. Vicen-te e em Montalegre. Colaborou na Panorama (Revista Universal Lisbonense), Arquivo Pitoresco e Almanaque Luso-Brasileiro. Foi correspondente de alguns jornais políticos: Moderado-Bracarense, Comércio do Minho, Nacional e Jornal do Porto. Foi amigo pessoal e colaborador de Inocêncio Francisco da Silva para o seu Dicionário Bibliográfico (que tão útil nos tem sido). Faleceu em Reigoso, freguesia do concelho de Montalegre, em 3.10.1874, quando regressava de tomar banhos na praia da Póvoa de Varzim. Jaz sepultado na capela-mor da Igreja românica de S. Vicente da Chã. Foi um dos sacerdotes que assistiu o condenado à morte, por enforcamento, no “Carvalho da Forca”, no centro da vila de Montalegre (ainda existente), em 17.9.1844. Chamou-se esse condenado Joaquim Fernandes (o Begueiro), era natural de Codeçoso da Venda Nova e a Câmara M. de Montalegre editou, em 1983, o 3.° caderno cultural, da autoria do Dr. José Jorge Álvares Pereira, exactamente sobre o último Enforcado em Montalegre.

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