BORGES, Francisco

Foi natural de Chaves e era casado com Violante Mendes. Foram ambos martirizados, com base no auto de denunciação lavrado naquela vila Transmontana em 28 de Maio de 1591, na morada de Gaspar Rocha Paes que era o vigário geral do temporal e do espiritual, por nomeação de D. Frei Agostinho de Jesus, arcebispo e senhor de Braga e Primaz das Espanhas, num dos autos de fé que o tribunal do Santo Ofício da Inquisição celebrou. em Lisboa no ano de 1601. Foram queimados vivos, acusados do crime de idolatria. Após dez anos de encarcerados e torturados, tiveram essa morte pelo fogo que era, de facto, um desfecho bárbaro para qualquer mortal. Um filho do casal tinha um brinquedo de marfim que os denunciadores: João de Matos, Gaspar Dias e António de Magalhães interpretaram como sendo uma bezerrinha de pernas e chifres quebrados, um ídolo que aquele casal adoraria. Daí tão cruel desfecho em nome do fanatismo religioso.