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Inauguração do conjunto escultórico de homenagem a Aquilino Ribeiro

O monumento escultórico simboliza uma das obras literárias cimeiras de Aquilino, “Quando os Lobos Uivam”, de 1958, uma narrativa desse tempo obscuro de um Estado Novo que resolve impor aos beirões uma nova lei: os terrenos baldios que sempre tinham sido utilizados para bem comunitário e de onde essa comunidade retirava parte vital do seu sustento, seriam agora expropriados e utilizados para plantar pinheiros. A ousadia do mestre, então já septuagenário, valeu-lhe a apreensão do livro e um processo judicial que andou nos tribunais mais de dois anos. O libelo acusatório seria arquivado depois de uma onda de protesto se levantar em Portugal e no estrangeiro.
Foi uma festa de homenagem que decerto agradaria ao Mestre. Juntou povo, esse povo anónimo sempre retratado de forma laudatória por Aquilino, povo que se reuniu a investigadores, académicos, estudiosos da obra do Mestre, a autarcas, a dirigentes de instituições e associações e aos escultores Daniel Castro Gamelas, que criou o monumento escultórico, e Alcides Rodrigues, que produziu os moldes. Um mar de Aquilinianos!
À cerimónia juntou-se também a família do escritor, representada ali pelos netos Aquilino e Mónica Machado. E ainda os Bombeiros, em nobre e permanente Guarda de Honra; os músicos da Orquestra Cem Notas; um ilustre naipe de conferencistas: Manuel Lima Bastos, Paulo Neto, Aquilino Machado e os presidentes da Assembleia e da Câmara Municipal, João Xavier e Paulo Figueiredo; e essa presença tão especial de José Eduardo Ferreira e Francisco Cardia, ex-autarcas, mentores da obra inaugurada. Tantos e tão insignes Aquilinianos!
“Vivemos um dia verdadeiramente histórico”, enfatizou o Chefe do Executivo.

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