Ilustres

CASAS REGIONAIS DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

Os filhos desta Província, sempre com o sentido da solidariedade e da entre-ajuda, onde quer que o destino os leve, dão as mãos, em associações a que vulgarmente chamam Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro. Não se fez ainda o inventário exaustivo destas instituições regionais, embora esse objectivo chegasse a estar previsto quando o autor deste dicionário, em 1984, desencadeou um movimento nacional, através das Casas Regionais de Lisboa, Coimbra, Leiria, Porto e Guimarães, para realizar, o III Congresso Transmontano. O I realizara-se em 1921, o II em 1941 e chegara a hora de honrar os nossos antepassados, promovendo o III. Chegou a ser designada a Comissão Executiva. Mas logo houve autarcas que não gostaram de ver os filhos ausentes a assumir essa tarefa. E decidiram boicotar o projecto. Aquela Comissão, perante o boicote, desistiu. E o Congresso que se propunha realizar a Federação das Casas Regionais espalhadas pelo mundo, acabou por ser adiado. Até quando? O certo é que não foi, assim, possível inventariar todas as Casas Regionais. De qualquer modo fica aqui o registo daquelas que são conhecidas e que demonstram a força e o querer dos Transmontanos e Alto Durienses. Em 1905 nasceu a de Lisboa que se considera a Casa-Mãe. Depois foram-se sucedendo: O Clube Transmontano, de Luanda, o de Lourenço Marques, a Casa Transmontana de S. Paulo e a do Rio de Janeiro, os clubes (formados por emigrantes) em França, Suíça, Luxemburgo, Alemanha, Macau, África do Sul. E mais recentemente as congéneres de: Guimarães (1972), a de Coimbra, a de Leiria, a do Porto (1984), a de Braga, a de Viana do Castelo, de Tomar e o núcleo em Águeda. A mais jovem mas talvez das mais dinâmicas é a Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, fundada em 1991, em Newark, no Estado de New Jersey (USA). Actualmente conta com cerca de meio milhar de sócios e o propósito do 5.° aniversário, ora comemorado, consiste na aquisição de sede própria. Preside actualmente à Direcção o flaviense António Carneiro. Antes presidira António Rosa (de Boticas), Manuel Moutinho (de Serraquinhos, Montalegre) e Elisa Pires (de Vilar de Perdizes, Montalegre). Todos os anos a Direcção da Casa convida um Transmontano residente no país a presidir ao jantar de aniversário. O Dr. Acácio Trigo, o Dr. Joaquim Pires, o autor desta nota e o Dr. Durão Barroso foram aqueles que até agora tiveram esse sortilégio. Fica aqui um aplauso aos 100 sócios fundadores dessa dinâmica Casa Regional, já que não nos é possível mencioná-los a todos. E fica o desejo de que o III Congresso Transmontano se faça para que a nossa província seja mais conhecida e a nossa gente mais apoiada, pelo poder político.

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